O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, garantiu hoje (18) que não houve nenhuma interferência ou participação da Casa Civil na compra do medicamento Tamiflu. Ao responder denúncia publicada pela revista Veja desta semana,ele disse que as negociações foram feitas diretamente com os diretores da empresa Roche, única fabricante do medicamento.

Mesmo negando qualquer irregularidade nos contratos, que também foram aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro informou que a Policia Federal investigará o caso.

As informações foram dadas durante entrevista coletiva à imprensa, no Rio de Janeiro.

“Não ha nenhum motivo para supor que a compra [de Tamiflu] precisou de algum tipo de intermediação de quem quer que seja. Primeiro, porque há apenas um único produtor. Segundo, porque o ministério não negocia com terceiros e a compra foi feita direto com o laboratório.”

Em relação à quantidade de Tamiflu comprada pelo ministério, suficiente para tratar 10% da população brasileira, o ministro informou que usou critérios técnicos, definidos pelo Departamento de Vigilância Sanitária, com base em dados de órgão internacional.

Segundo o ministério, no ano passado, foram feitas sete compras de Tamiflu, totalizando R$ 400 milhões. O preço de cada tratamento foi de R$ 34,93 – cerca 76% mais barato que nas farmácias.

Perguntado sobre a intenção da denúncia, Temporão disse que são graves, mas evitou classificá-las de eleitoreiras.