A Caixa Econômica Federal encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, crescimento de 44,1% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 1,158 bilhão). No segundo trimestre, o ganho foi de R$ 890 milhões, também superior ao número do ano passado (R$ 706 milhões).

O resultado é fruto de uma expansão de crédito de 50,3% sobre junho do ano passado. O saldo em 31 de junho atingiu R$ 149,2 bilhões. Isso permitiu à instituição um ganho de 2 pontos percentuais de fatia de mercado, fechando o semestre com 9,75% do total do sistema financeiro.

Os empréstimos para as pessoas físicas chegaram a R$ 109 bilhões, avanço de 51%, enquanto as linhas para as empresas foram a R$ 40 bilhões, alta de 47,4% em doze meses.

Os ganhos anualizados com operações de crédito avançaram 36,8% no segundo trimestre, mas o resultado da intermediação financeira caiu 6,5%, puxado pelo desempenho gerencial de tesouraria.

Os números negativos foram compensados por um incremento de 18% nas receitas com prestação de serviço. Com isso, o resultado operacional avançou 7,4%, para R$ 808 milhões no segundo trimestre.

Contribuiu também para o desempenho a queda da inadimplência. Os atrasos acima de 90 dias mantiveram-se estáveis no primeiro semestre, em 2,3%, mas inferior aos 2,6% de junho do ano passado.

A Caixa tem ainda um espaço razoável no balanço para continuar sua estratégia de expansão. O índice de Basileia, que mede o grau de alavancagem da instituição, fechou o semestre em 17,1%, acima do mínimo exigido pelo Banco Central (11%) e da média do sistema (próximo a 15%).