Andar na rua de cadeira de rodas é um desafio para o tetraplégico, David Marques, de 30 anos. “ Não tenho condições de andar nas calçadas do centro da Capital e trafegar pelas ruas. Temos que enfrentar ruas com buracos que estão até sem calçadas, ressalta.

A falta de rampas niveladas nos bancos também contribuem para aumentar a falta de acessibilidade. “ Um exemplo é um banco que fica na rua 14 de Julho é muito ruim entrar lá, na parte da frente não tem acesso para cadeirantes, tenho que dar uma volta enorme e entrar por uma porta que fica lá atrás. Outro lugar ruim é na 14 esquina com Afonso Pena. Já cai e me machuquei, entrei com processo na Prefeitura Municipal e até agora não tive respostas.

O transporte de ônibus coletivo adaptado não gera reclamações. “ Hoje em dia 90% da frota dos ônibus tem plataformas elevatórias. Isso é algo que mostra até nas propagandas eleitorais. Mas são as ruas que não tem rampa e é difícil até para as pessoas que tem deficiência visual, pessoas obesas e mães que empurram carrinhos de bebê. Os políticos não ligam muito para os cadeirantes, eles não fazem muita coisa”.

Acessibilidade

“ Todos temos o direito de ter acessibilidade e garantir o direito de ir e vir como cidadão. A gente tem as nossas limitações e cabe ao poder publico nos proporcionar melhoria”.

Constrangimento

Há alguns dias o empresário Marques teve um grande constrangimento em um barzinho em Campo Grande. “Fiquei sabendo que o barzinho foi reformado e que tinha um elevador. Fui todo empolgado, o barzinho estava lotado. Subi no elevador e derrepente começou um barulho enorme. Quando fui descer do elevador estavam todos olhando para mim. Achei horrível, reclamei para o gerente e nunca mais voltei naquele lugar”.

David Pedro Marques dos Santos,30 anos, trabalha como empresário e ficou tetraplégico há mais de 12 anos. Ele estava fazendo um mergulho no Rio Aquidauana na Pantaneta ( Festa do Carnaval).