A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (7) para um público de cerca de 3.000 pessoas na Praça da Sé, no centro de São Paulo, que o Brasil “está preparado” para ser presidido por uma mulher pela primeira vez na história.

– O Brasil está preparado, sim, para ter uma mulher presidente […] e eu estou preparada para ser presidente do Brasil. Tenho certeza que as mulheres podem ser o que quiserem.

Essa é a principal tática eleitoral levada adiante pelo PT na campanha presidencial deste ano. Dilma aparece atrás de Serra na preferência do eleitorado feminino.

A candidata aproveitou para pedir “ousadia” aos militantes para também eleger Marta Suplicy (PT), a primeira mulher senadora por São Paulo, e Netinho de Paula (PCdoB), o primeiro negro senador do Brasil.

Dilma foi a última a subir no caminhão de som que estava estacionado em frente à Cadetral da Sé, onde se reuniram os militantes que fizeram uma caminhada da Praça do Patriarca à Sé, acompanhando Marta e o candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT).

Dilma, que só se juntou à caminhada na Sé, precisou de um cordão de isolamento para conseguir subir no caminhão de som. Última a falar, ela aproveitou a deixa para pedir que São Paulo “inove” ainda mais e vote em Marta e Netinho.

– [Netinho], o primeiro negro [senador]. Pensa, gente. Esse país só será grande se respeitar toda a população, e a população negra merece ser respeitada.

O restante de seu discurso serviu para pregar as diferenças do PT em relação ao PSDB e dizer que seu governo não será apenas uma extensão da era do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que ela aproveitaria “o caminho aberto por ele” para continuar as mudanças.

– Como eles [os tucanos do PSDB] podem fazer mais se quando eles estiveram no governo fizeram menos? […]Nós sabemos como fazer e fizemos. Nossa visão é diferente da deles.