O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o da Síria, Bashar Al-Assad, devem assinar hoje (30) uma série de acordos que envolvem desde a transferência de pessoas condenadas até a cooperação educacional, além de um memorando de entendimento na área de saúde. Em comum, ambos têm a defesa do diálogo para o fim do impasse sobre a política nuclear iraniana na comunidade internacional.

O governo de Assad é considerado um dos principais aliados do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Em várias ocasiões, o sírio elogiou a disposição do governo Lula em atuar como mediador da paz e da busca pelo diálogo. Mas o alvo das preocupações sírias é a relação conflituosa e permanentemente tensa com Israel.

A Síria está no centro das discussões sobre a paz no Oriente Médio. No país, há representantes do Hamas, além disso, aumenta anualmente o número de imigrantes palestinos e iraquianos que escolhem o território sírio para se instalar.

Assad fica hoje e amanhã (1º) no Brasil. A primeira visita dele coincide com a comemoração dos 130 anos da imigração árabe ao País e uma retribuição da viagem de Lula a Damasco, em dezembro de 2003. Nos últimos sete anos, Brasil e Síria ampliaram relações econômicas. A corrente bilateral de comércio passou de US$ 78 milhões, em 2003, para cerca de US$ 310 milhões, em 2009.

Em Brasília, Assad almoça com o Lula, em seguida tem reuniões com os presidentes do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP). Em São Paulo, Assad se reúne com a comunidade síria. Antes do Brasil, Assad passou pela Venezuela e Cuba. Amanhã (2) ele segue para a Argentina.