Bovespa recua 3,7% na semana e volta aos 68 mil pontos

O ambiente externo ainda tenso com o perigo de conflito aberto entre as Coreias e a amplitude da crise financeira na Europa derrubaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira, fazendo o índice encerrar a semana no vermelho. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,64%, para 68.226 […]

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O ambiente externo ainda tenso com o perigo de conflito aberto entre as Coreias e a amplitude da crise financeira na Europa derrubaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira, fazendo o índice encerrar a semana no vermelho. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,64%, para 68.226 pontos. Na semana o Ibovespa acumulou queda de 3,7%. O volume financeiro da sessão foi de R$ 4,42 bilhões, abaixo da média diária recente.

A instabilidade internacional voltou a desfavorecer o mercado doméstico, com a agenda vazia no Brasil e nos Estados Unidos dando espaço para mais peso nas notícias vindas da Europa e Ásia.

“Agora não tem muito jeito de recuperar enquanto você não acertar esses dois fatores, Coreia e Irlanda, e não creio que tenha surgido grandes desenvolvimentos sobre esses temas”, afirmou Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora.

No Velho Continente fontes afirmaram que um plano de socorro à Irlanda deve ser acertado no fim de semana. Contudo, os investidores temem que os 85 bilhões de euros oferecidos ao país não sejam o bastante para sanear o sistema bancário do país.

Além da Irlanda, o mercado está de olho em Portugal, temendo que o país seja o próximo alvo de ajuda financeira. “Portugal está com o mesmo discurso que mostraram Grécia e Irlanda antes de reconhecerem necessidade de ajuda, isso gera suspeitas”, afirmou Bandeira.

Nesta sexta-feira o premiê português disse que Portugal tem todas as condições para continuar a financiar-se nos mercados e a aprovação do austero orçamento para 2011 deve contribuir no aumento da confiança.

Em Wall Street o mercado acionário encerrou suas atividades às 16h (de Brasília) nesta “Sexta-Feira Negra”, após permanecer fechado na véspera por conta do feriado de Ação de Graças.

O desempenho ruim de papéis ligados a commodities derrubou Nova York, com o mercado ainda pressionado por receios de que os problemas de dívida na zona do euro possam continuar se espalhando, além das preocupações com a situação na península corena.

No Ibovespa as ações preferenciais da Vale fecharam em baixa de 1,48%, para R$ 48,52, enquanto que as ordinárias cederam 1,51%, em R$ 54,09. Os papéis preferenciais da Petrobras cederam 1,01%, para R$ 24,60, enquanto que os ordinários recuaram 0,98%, para R$ 27,23.

O setor siderúrgico teve um novo dia de perdas agudas, um dia após o IABr divulgar os números do setor de aço relativos a outubro. “Os dados de outubro confirmam que a atual fraqueza do mercado deve continuar até do fim de 2010 e começo de 2011”, afirmou a analista Claudia Elisabeth Feddersen, do Citi, em relatório.

As ações da Gerdau caíram 2,43%, para R$ 20,07, enquanto que as preferenciais da Usiminas perderam 3,15%, para R$ 19,35.

A BM&FBovespa terminou em baixa de 1,01%, para R$ 13,67, no dia que o Merrill Lynch reduziu seu preço-alvo para a empresa de R$ 19 para R$ 18, mantendo recomendação de compra.

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