Se os jogos contra Coreia do Sul e Mali já tinham sido desanimadores, a seleção feminina de basquete sofreu um duro golpe neste sábado. Na terceira rodada do Mundial da República Tcheca, as comandadas de Carlos Colinas jogaram de forma apática, só acordaram no último quarto e foram batidas pela Espanha, que não tomou conhecimento da equipe verde-amarela. A derrota por 69 a 57 não elimina o Brasil, que já estava classificado, mas cria um cenário complicado para a segunda fase, já que as seleções carregam os pontos da etapa inicial.

O Brasil tem uma vitória sobre Mali, que será descartada, já que a seleção africana não se classificou. Com isso, carrega para a próxima fase apenas os dois pontos das derrotas para sul-coreanas e espanholas. O time avança em terceiro lugar no grupo C e vai abrir a segunda fase contra a Rússia, líder do grupo D, na segunda-feira, às 15h15m. Os adversários seguintes serão Japão e República Tcheca.

Ainda que o Brasil consiga uma boa campanha na segunda fase, o confronto das quartas de final provavelmente seria contra Estados Unidos e Austrália, dois dos maiores favoritos ao título.

Neste sábado, a cestinha brasileira foi Érika, com 14 pontos e 13 rebotes. A jovem Damiris também conseguiu um duplo-duplo, com 10 e 10. Mas a apatia e os 25 desperdícios da equipe foram o retrato da derrota. As espanholas foram comandadas por Amaya Valdemoro, com 17 pontos.

– Temos que acreditar em nós, senão não adianta. Tem que sair de dentro, tem que botar para fora. Tem que confiar. Errou, pega o rebote. Na segunda fase temos que convencer. Não adianta eu ser cestinha, a outra ser cestinha, e não convencer. Confio no grupo e sei que podemos chegar a algum lugar – afirmou Érika, em entrevista ao SporTV após a partida.

O primeiro tempo já desenhou o cenário adverso para o Brasil. Sem vibração, o time via a Espanha passear em quadra. A veterana Érika e a jovem Damiris ainda tentavam dar conta do recado no garrafão, com seis pontos antes do intervalo. Àquela altura, a seleção já tinha errado cinco dos seis chutes de três e cometido incríveis 18 desperdícios de bola.

Se a Espanha já tinha mostrado um ataque bem distribuído no primeiro tempo, a situação ficou ainda mais confortável no terceiro quarto. Com uma sequência de 9 a 3 para abrir o período, a vantagem longo pulou para a casa dos 20 pontos. No último quarto, o Brasil ainda esboçou um princípio de reação, mas foi só um princípio mesmo. Com o semblante da derrota nos rostos, as jogadoras deixaram a quadra cientes de que, daqui em diante, a missão passa a ser ingrata.