Desta vez, o Brasil deixou a montanha-russa passar e não embarcou nela. O máximo de altos e baixos que a equipe permitiu foi um 7 a 0 para abrir o jogo e um 0-8 na sequência. Dali em diante, dominou a Croácia de forma exemplar, venceu com autoridade por 92 a 74 e, como prêmio, ganhou quatro dias de descanso antes das oitavas de final. É bom descansar mesmo, porque o adversário de terça-feira será a arquirrival Argentina, com o pivô Luis Scola voando. Em pleno feriado do Dia da Independência, a seleção brasileira joga seu futuro no Mundial de Basquete.

Com a vitória desta quinta, o Brasil ficou em terceiro lugar no grupo B e jogou a Croácia para quarto, deixando os europeus no jogo de sábado, contra a Sérvia, com apenas um dia de folga. Os EUA, em primeiro, pegam Angola, e a Eslovênia, vice-líder, pega a Austrália.

O técnico argentino Rubén Magnano tem agora a missão de enfrentar seu país nas oitavas. Na fase de amistosos, ele perdeu. Desta vez, a vitória vale muito mais. Se ganhar o duelo, o Brasil enfrenta o vencedor de Lituânia x China. Nas semifinais, pode cruzar de novo com os Estados Unidos, que enfrentam Angola nas oitavas e o vencedor de Rússia x Nova Zelândia nas semis.

– Hoje a gente não deu a mínima chance para eles. Marcamos forte na defesa, não demos espaço e isso foi chave para abrir a vantagem e depois administrar o resultado – afirmou Huertas.

Após a decepção da derrota para os eslovenos na véspera, a seleção brasileira entrou determinada a garantir o resultado, sem essa de escolher adversário na próxima fase. Os destaques do time foram os dois craques do NBB: Marcelinho, com 18 pontos, e Alex, com 15. Com direito ao presidente da liga, Kouros Monadjemi, na arquibancada, os dois foram fundamentais para abrir uma vantagem segura no placar. Leandrinho fez 17, e Anderson Varejão contribuiu com 12 rebotes.

Com a mira torta, os croatas não encontraram resposta para o ataque brasileiro. A batalha dos rebotes também foi desigual: 39 a 28. O cestinha da equipe europeia foi Popovic, com 15 pontos.