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Após veicular denúncias contra poder público em MS, Midiamax é alvo de ataque publicitário

No dia seguinte à votação que reelegeu Puccinelli, várias faixas com dizeres de baixo calão dirigidas ao portal foram distribuídas em ruas da capital. São faixas caras: "Quem fez estava com raiva a ponto de gastar muito dinheiro. Muito, pelo menos para quem precisa trabalhar para ganhar o seu".
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No dia seguinte à votação que reelegeu Puccinelli, várias faixas com dizeres de baixo calão dirigidas ao portal foram distribuídas em ruas da capital. São faixas caras: “Quem fez estava com raiva a ponto de gastar muito dinheiro. Muito, pelo menos para quem precisa trabalhar para ganhar o seu”.

O jornal Midiamax, que tem oito anos de história, figura entre os endereços eletrônicos mais visitados do Brasil segundo o Google, e coleciona ações judiciais movidas por políticos de diversos grupos partidários, como Zeca do PT, Delcídio do Amaral, André Puccinelli ou Waldemir Moka, mais uma vez foi alvo de um ataque. Desta vez, publicitário.

No dia seguinte às eleições que reelegeram o governador André Puccinelli, várias faixas com dizeres de baixo calão dirigidas ao portal foram distribuídas em ruas da capital. “São faixas caras. Quem fez estava com raiva a ponto de gastar muito dinheiro. Muito, pelo menos para quem sua para ganhar o seu”, constata o sócio-diretor do jornal, Carlos Eduardo Naegele.

Foram todas fixadas na calada da noite em postes com uso de escadas e nos canteiros centrais.

A mensagem, “Midiamax, Tomou”, acompanhada pela imagem de um dedo médio em riste, está em ruas e avenidas estratégicas, onde passam pessoas de maior poder aquisitivo, mas disponível para todos. Pais e mães que levam crianças para escola param nos semáforos e obrigatoriamente deixam os filhos pequenos expostos à provocação de baixo calão.

O motivo, provavelmente, são as notícias veiculadas pelo Midiamax desde maio deste ano. Bem antes do período eleitoral, o Jornal passou a mostrar indícios e inúmeras suspeitas que pairam sobre o poder público sul-mato-grossense.

Com a chegada da Lei da Transparência, o Jornal passou a acompanhar as licitações realizadas pela Assembleia Legislativa e a suposta existência de contratações precárias de prestadores de serviço na Casa. Falou também dos desmandos em , e, desde a Operação Owari, que não curiosamente não conseguiu prender o prefeito Ari Artuzi, tem noticiado que algo soava errado aos douradenses.

Em junho deste ano, o  Midiamax sofreu um dos maiores atentados contra um veículo de imprensa na história do jornalismo sul-mato-grossense. Veiculando pela internet, foi invadido, tirado do ar, e teve os endereços “roubados” ciberneticamente.

O ataque foi moderno, mas a prática, de tentar censurar a imprensa que incomoda, remonta a tempos antigos. O Midiamax saiu do episódio mais forte, com visitação em níveis nunca antes registrados, e os temas ditos “polêmicos” passaram a ser ainda mais procurados pelos leitores.

Veio a Uragano, operação da Polícia Federal batizada com nome em italiano, que levou para cadeia diversos membros da administração municipal de Dourados, incluindo Artuzi, e empreiteiros que prestam serviços para inúmeras prefeituras sul-mato-grossenses.

Não era à toa que as denúncias chegavam à redação!

O “furacão” da Polícia Federal expôs visceralmente todos os poderes em MS. Com trechos das gravações feitas durante a investigação, Assembleia Legislativa, o governador, membros do Tribunal de Justiça e do Ministério Público ficaram sob suspeita da população pela suposta prática de um “supermensalão” no Parque dos Poderes, onde ficam as sedes administrativas do Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Em meio às denúncias, o Jornal passou a ser sistematicamente interpelado por políticos tanto do PT como do PMDB, pedindo sempre que a Justiça eleitoral proibisse o Midiamax de falar sobre fatos relevantes que a imprensa nacional, pelo menos, continua explorando até agora.

Alguns poucos juizes acataram os argumentos dos reclamantes, todos candidatos, e proibiram o jornal de falar sobre temas como lavagem de dinheiro ou enriquecimento ilícito quando relacionados a certas autoridades!

O jornal, “atacado por poucos por assumir o papel cobrado da imprensa por muitos”, anunciou que tomará as medidas cabíveis com relação às faixas fixadas em diversos locais públicos. “Mesmo com um inquérito aberto e sem nenhuma resposta na Polícia Civil sobre um fato grave, como a invasão do Midiamax, nossa premissa básica é de observar a lei e confiar nas autoridades constituídas”, afirma Naegele.

Agora, passado o período eleitoral, cai o único argumento explorado pelos políticos, antes candidatos, para tentar frear a linha editorial do Midiamax, ditada principalmente pela demanda dos leitores. “Vamos continuar praticando jornalismo pois é legítimo o anseio dos sul-mato-grossenses de terem certeza de que, aqueles que escolhem nas urnas, não usam os mandatos para proveito próprio”, conclui.

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