Após a crise deflagrada quando o governador André Puccinelli (PDMB) cedeu um major da Polícia Militar para comandar a Guarda Municipal de Dourados (GM), a instituição enfrenta problemas que inviabilizam o atendimento da população.

Segundo denúncias feitas por integrantes, a atuação da Guarda Municipal está comprometida por falta de veículos e de profissionais qualificados. No pátio da instituição, o veículo Corsa placas HQH-4965, parado há vários dias com um dos pneus furados, confirma a reclamação.

O automóvel era usado pelos quatro guardas que atuavam nas fiscalizações ambientais e atendiam denúncias de agressão ao meio ambiente.

Os guardas, treinados para atuar na área do meio ambiente, foram remanejados para setores como o Aeroporto Municipal Francisco de Mattos Pereira, que passou a ser “cuidado” pela GM.

O major da PM Tony Audrey Zerlotti, “escalado” por Puccinelli para comandar a organização municipal douradense, contestou a denúncia afirmando que a intenção é reforçar a Guarda Municipal Ambiental. Ele disse desconhecer o fato de que o veículo estava parado e ordenou ao subcomandante Divaldo Machado que a viatura seja colocada em funcionamento.

Os guardas municipais não escondem o desapontamento com o que chamam de “intervenção por parte do governador em assuntos da Prefeitura de Dourados”. Depois de quinze anos de fundação, a Guarda Municipal de Dourados havia conseguido pela primeira vez emplacar um comandante saído das fileiras da instituição quando André determinou a troca no comando.

“O sucateamento da Guarda pode ser visto nos veículos, que estão velhos e enferrujados, e até mesmo no sede da corporação. Até a maçaneta da porta do gabinete do novo comandante está destruída”, relata um dos integrantes.

“Para atender às denúncias de crimes ambientais, a Guarda Municipal acaba usando carros do setor administrativo e manda servidores que não têm formação específica sobre as questões ambientais”, conclui.