O dólar ficou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira (23), repercutindo o comportamento do mercado global de câmbio após o resultado dos testes de estresse em bancos europeus.
A moeda norte-americana teve leve baixa de 0,05%, ficando a R$ 1,760.
Na semana, o dólar acumulou queda de 1,12% e, no mês, a baixa é de 2,44%.
Enquanto o mercado de câmbio fechava no Brasil, o euro tinha discreta alta de 0,2% ante o dólar, recuperando-se da queda de até 0,7% exibida mais cedo. Aqui, o dólar chegou a subir 0,5% na mesma hora.
Os testes coordenados por autoridades europeias para verificar a solidez dos bancos da região mostraram que apenas sete de 91 instituições precisariam de capital adicional no caso de um agravamento da crise .
Embora o resultado tenha sido questionado por muitos analistas, que gostariam de ver uma simulação mais profunda sobre a carteira de bônus governamentais em posse dos bancos, o apetite por risco cresceu à tarde, com alta das bolsas de valores e queda de 4% do índice de volatilidade.
A queda do dólar só era limitada, segundo o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, pelo interesse de alguns agentes em comprar a moeda norte-americana no atual patamar, perto das mínimas desde maio. “Esse é um ponto de realização (de lucros)”, disse.
Tanto bancos como investidores não-residentes têm carregado expressivas posições vendidas, que poderiam ser cobertas com compras no atual nível.