Após ter sido preso acusado de extorsão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Três Lagoas, Sebastião de Freitas Borges, foi liberado na última segunda- feira (28).

Freitas, assim como os representantes dos sindicatos de Dourados, Naviraí,Costa Rica, e Guia Lopes da Laguna foram detidos por policiais federais na manhã da última sexta- feira (25), em Campo Grande, na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Mato Grosso do Sul (Fetricom) durante reunião com membros da entidade.

As prisões ocorrem com base em denúncias feitas pelo presidente da Fetricom, Webergton Sudário da Silva, e pelo tesoureiro da entidade, Alex de Albuquerque, os quais alegaram junto ao Ministério do Trabalho que estariam sofrendo coação por parte de sete sindicalistas do interior do Estado. Segundo o que consta no inquérito policial, os sindicalistas que fazem parte da diretoria da Fetricom estariam pressionando o presidente e o tesoureiro para que fosse rateado entre eles a quantia de R$ 10 mil, sob pena de dificultarem os trabalhos da federação.

Defesa

Em conversa com a reportagem da Rádio Caçula, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Sebastião de Freitas Borges, afirmou que essas denúncias não procedem. Borges alegou que, nenhum dos sindicalistas presos tentou extorquir o presidente e o tesoureiro da federação. Segundo Sebastião, em março deste ano foi realizada eleição para escolha da nova diretoria da Fetricom.

No entanto, os sindicalistas que fazem parte da diretoria da federação não estavam satisfeitos com o modo do presidente, assim como do tesoureiro administrar a Fetricom. Como o Estatuto da federação permite a troca de cargos entre os diretores, segundo Borges, o presidente e o tesoureiro fizeram as denúncias temendo perderem as ocupações de destaque. Conforme explicou Sebastião, o saldo da federação serve para arcar algumas despesas dos sindicatos do interior, como a diária dos sindicalistas quando precisam ir até a Capital.

O valor divulgado seria para cobrir despesas de março a junho dos sindicatos. O presidente do sindicato de Três Lagoas disse que toda a ação foi registrada através de filmagem feita pela Polícia Federal, mas que não foi comprovado nada de irregularidade. Ele informou que vai aguardar manifestação por parte do Ministério Público do Trabalho sobre a situação, mas já adiantou que ingressará com uma denúncia caluniosa na esfera criminal, assim como na civil por reparação de danos.