Um dos casos mais polêmicos dos últimos anos na Fórmula 1 deverá conhecer seu desfecho nesta quarta-feira, na Place de la Concorde, em Paris. A Ferrari será julgada no plenário do Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pelo vexame do GP da Alemanha, em Hockenheim, no dia 25 de julho. Na ocasião, a equipe italiana mandou Felipe Massa dar passagem e ceder a vitória a Fernando Alonso. A ordem, dada pela comunicação por rádio foi mostrada na transmissão oficial de TV e causou uma enorme polêmica ao redor do mundo.

Após a corrida, a Ferrari foi considerada culpada por ter dado a ordem, proibida pelo regulamento da Fórmula 1 desde o GP da Áustria de 2002, quando o brasileiro Rubens Barrichello foi obrigado pela equipe italiana a ceder a vitória para o alemão Michael Schumacher na reta de chegada do circuito de A1-Ring. Oito anos depois, após repetir o vexame, o time vermelho recebeu uma multa de US$ 100 mil (cerca de R$ 178 mil) dos comissários da corrida, valor máximo em um fim de semana.

Massa e Alonso participarão por videoconferência.

Protagonistas do episódio, Fernando Alonso e Felipe Massa foram convocados para a reunião desta quarta-feira em Paris. Entretanto, por causa da proximidade com o GP da Itália, que será disputado no próximo fim de semana em Monza, os pilotos participarão da audiência por meio de videoconferência, direto do país vizinho. Stefano Domenicali, chefe da equipe, estará presente, enquanto Massimo Rivola, um dos diretores do time, não precisará comparecer.

Segundo a maioria dos jornais europeus, a convocação dos pilotos pela FIA  poderá complicar o a situação da Ferrari. O depoimento de Massa é aguardado ansiosamente pelo Conselho Mundial, já que o brasileiro teve de ceder a posição e não ficou feliz com a situação. O caso será julgado na parte da tarde, logo após a pausa para o almoço. A expectativa é que o veredicto já seja dado na noite de quarta-feira, horário de Paris (à tarde no Brasil).