Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella, começou a ser interrogada pela Justiça por volta das 16h30 desta quinta-feira, quarto dia do julgamento.

Antes, Alexandre Nardoni foi ouvido e negou envolvimento na morte da criança. Ele foi ouvido das 10h25 às 16h25, com pausa de mais de uma hora para almoço.

A menina morreu em março de 2008 ao cair do sexto andar do prédio onde moravam o pai e a madrasta.

Interrogatório

Em interrogatório, Alexandre negou o crime, chorou em alguns momentos e afirmou que, após a morte da menina, o delegado Calixto Calil Filho chegou a propor que ele assumisse o crime como homicídio culposo (sem intenção).

Questionado pelo promotor Francisco Cembranelli por que não entrou em contato com a mãe de Isabella nos dias após o crime, Alexandre afirmou que foi devido ao tumulto ocorrido entre a morte a a decretação de sua prisão. “Tinha perdido tudo o que eu tinha de mais precioso. Perdi o chão. Não sabia o que fazer”, afirmou.

Novamente questionado pelo promotor, o pai de Isabella afirmou que, ao perceber a tela de proteção do apartamento rompida, tentou olhar pela janela com o filho pequeno no colo e, por isso, não teria conseguido.

Ele afirmou ter deixado o apartamento às pressas, pedido para Anna Jatobá avisar a família, e seguido para o jardim, onde encontrou Isabella caída. Segundo ele, não havia ninguém ao lado da menina, mas que, pouco depois, chegaram o porteiro e outros moradores. Ele não soube precisar quanto tempo ficou esperando o elevador para chegar ao térreo.

Antes de o público deixar o plenário do 2º Tribunal do Júri para recesso, a irmã de Alexandre Nardoni, Cristiane, mandou um recado para ele. Ela gritou “Força, Alê” e, em seguida, o juiz Maurício Fossen lembrou que a plateia não pode se manifestar. O júri foi retomado às 15h15, e Alexandre voltou a ser interrogado. Depois, será ouvida Anna Carolina Jatobá.