Líder do PR na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo explicou hoje que o apoio da legenda à reeleição do senador Delcídio do Amaral (PT) atende a uma decisão da Executiva Nacional. Em MS, a sigla também segue a decisão da cúpula de apoiar a presidenciável Dilma Rousseff, do PT, a quem o PR é aliado.

No Estado, o partido está inserido na coligação “Amor, Trabalho e Fé” liderada pelo governador André Puccinelli (PMDB) adversário dos petistas. O outro candidato apoiado pela legenda para o Senado é Waldemir Moka (PMDB). O segundo candidato ao Senado na coligação de Puccinelli é o vice-governador Murilo Zauith (DEM).

“Estamos com Delcídio e Dilma seguindo decisão da Nacional”, disse o deputado. O apoio do PR ao candidato ao Senado da coligação adversária veio à tona ao final de julho quando o deputado Paulo Corrêa (PR) organizou uma festa política para receber correligionários do interior na chácara Toca da Onça, de sua propriedade, em Campo Grande.

Na ocasião, ele anunciou oficialmente apoio a Delcídio como segundo voto para o Senado. Ele reiterou o apoio a Waldemir Moka. Além de Corrêa quem também declarou apoio a Delcídio foi Edson Giroto, ex-secretário estadual de Obras e candidato a deputado federal. Por ser homem de confiança de Puccinelli, tal atitude só fez aumentar os boatos sobre a proximidade entre o governador e Delcídio.

Fontes do próprio PMDB afirmam que o governador já teria feito campanha para Delcídio no interior do Estado. Em ato político no município de Aquidauana, ele teria dito que tem três candidatos ao Senado, Moka, Murilo e Delcídio.

A assessoria de Puccinelli, contudo, negou tal manifestação. A explicação é de que o governador respeita a decisão de seus aliados mesmo que estejam apoiando nomes da coligação adversária, mas Puccinelli pede votos apenas para Moka e Murilo.

O deputado Paulo Corrêa não quis comentar o assunto nesta manhã. O presidente regional do PR, deputado estadual, Londres Machado, não pode atender o chamado da reportagem para uma entrevista.