Apagão de novembro vai aumentar contas de luz, diz Aneel
Além de toda a dor de cabeça que já tiveram com a falta de luz no grande blecaute no dia 10 de novembro do ano passado, os consumidores de energia das regiões Sul e Sudeste terão ainda de pagar um acréscimo em suas tarifas, que pode chegar a um ponto porcentual, em decorrência do apagão. […]
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Além de toda a dor de cabeça que já tiveram com a falta de luz no grande blecaute no dia 10 de novembro do ano passado, os consumidores de energia das regiões Sul e Sudeste terão ainda de pagar um acréscimo em suas tarifas, que pode chegar a um ponto porcentual, em decorrência do apagão.
A conta foi feita nesta sexta-feira, 26, pelo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana.
Depois do blecaute, com a fragilidade que foi verificada no sistema de transmissão de Itaipu, o transporte de energia da hidrelétrica binacional para o Sudeste foi reduzido. No relatório de fiscalização da Aneel relativo ao papel de Furnas no apagão, há um cálculo de que o uso de usinas térmicas para compensar a diminuição no despacho de Itaipu tem um custo aproximado de R$ 12 milhões por dia.
Considerando que essa situação deve prosseguir até o final de abril, quando Furnas terminará de instalar os chapéus chineses que vão proteger os isoladores das chuvas, é que Santana chegou à conta de que, ao todo, a geração térmica adicional deverá ter um peso de um ponto porcentual nas tarifas dos consumidores.
Esse efeito, porém, só se fará sentir a partir dos próximos reajustes. É importante lembrar que cada distribuidora do país tem uma data diferente para reajustar suas tarifas.
Fiscalização O diretor da Aneel admitiu, com base nos problemas verificados no sistema de transmissão de Itaipu, pertencente a Furnas, que a Agência pode ter que aprimorar sua fiscalização no sistema de transmissão. “A própria Aneel pode precisar melhorar seus processos de fiscalização”, disse Santana, em entrevista coletiva para falar sobre o relatório que embasou a multa de R$ 53,7 milhões a Furnas.
Entre as melhorias que podem ser feitas, segundo ele, está a contratação de mais pessoal. Hoje a Aneel tem apenas dez fiscais próprios para mais de 100 mil quilômetros de linha de transmissão. Para conseguir executar o serviço, ela acaba contratando fiscais terceirizados.
Santana também explicou que as fiscalizações nas linhas são feitas por sorteio. Uma possível mudança poderia ser priorizar os troncos de transmissão de energia mais importantes, como é o caso de Itaipu.
Ele destacou que hoje a Aneel já dispõe de alguns mecanismos para incentivar as empresas de transmissão a investir. Um deles é o de que, além da multa, a empresa tem uma perda de receita quando acontecem episódios como o do ano passado.
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