O presidente colombiano, Álvaro Uribe, rejeitou nesta terça-feira (27), a possibilidade de uma proposta de paz com as guerrilhas que atuam em seu país, como foi sugerido pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, e ressaltou que não se pode “afrouxar” a luta contra o terrorismo.

“Sabemos que a cobra do terrorismo, quando sente que está encurralada e com uma corda no pescoço, pede processos de paz, para que afrouxemos a forca e ela possa tomar oxigênio e voltar a envenenar”, disse Uribe, durante uma visita ao Ministério da Defesa.

Depois, o presidente denunciou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) querem “internacionalizar o pedido de oxigênio”, e ressaltou que seu governo não vai a cair nessa “armadilha”.

“Alguns querem fazer a Colômbia errar de novo e afrouxar a corda no pescoço da cobra”, disse Uribe.

O líder fez as declarações em referência às recentes afirmações de Maduro, que disse que levará um plano de paz para a região à reunião de chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul), convocada para esta quinta-feira, em Quito, com o objetivo de analisar a crise entre Colômbia e Venezuela.

Maduro pediu hoje em Buenos Aires apoio dos vizinhos sul-americanos para um plano de paz para a região e insistiu que Caracas considera necessária uma “retificação” do próximo governo colombiano, que a partir do próximo dia 7 será presidido por Juan Manuel Santos.