No quarto dia do júri do caso Isabella, nesta quinta-feira, Alexandre Nardoni negou interrogatório ter matado a filha e chorou durante interrogatório.

O pai de Isabella é ouvido desde por volta das 10h50. Em seguida, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e também acusada pelo crime, será interrogada –ela não assiste ao depoimento do marido.

Antes de iniciar o interrogatório, o juiz Maurício Fossen leu para Alexandre as acusações contra ele e perguntou se era verdadeira a afirmação. O réu, então, afirmou que as acusações são falsas. “É falsa. Completamente mentirosa. Isso não existe”.

Alexandre chorou em ao menos quatro momentos: quando viu a mãe –antes de ser interrogado–, quando disse que Isabella tinha orgulho em ensinar os irmãos mais novos, quando falou da cena do crime e quando lembrou do corpo da menina no IML.

Alexandre foi interrogado por mais de uma hora pelo juiz. Às 12h, o promotor Francisco Cembranelli começou a fazer perguntas.

Na manhã desta quinta, mais de cem pessoas aguardavam em frente ao fórum na tentativa de assistir ao júri. O público é autorizado a entrar pela manhã e à tarde, após a pausa para almoço. O número é determinado pelo juiz.

Júri

O julgamento, nesta quinta, começou por volta das 10h45, com quase duas horas de atraso. Ao iniciar o júri, o juiz pediu desculpas pelo atraso e disse que estava resolvendo problemas administrativos.

Desde o início do julgamento, na última segunda (22), sete testemunhas prestaram depoimento. A expectativa é que o julgamento termine sexta-feira.

Após o interrogatório dos réus, pode ocorrer a leitura de peças –se solicitado. Depois, será iniciada a fase de debates com a fala da acusação e da defesa –duas horas e meia para cada um. Em seguida, podem ocorrer réplica e tréplica.

O conselho de sentença, composto pelas sete pessoas sorteadas no primeiro dia do júri– se reunirá após a fase de debates para votar os quesitos que determinarão se o casal é culpado ou não pela morte de Isabella, e o juiz lê a sentença em plenário.