A previsão é de que permaneçam na Colônia Penal até fevereiro

Estão sendo transferidos neste momento os internos da Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco para a Colônia Penal Agrícola de Campo Grande. São 65 adolescentes que devem ficar na unidade até o mês de fevereiro do próximo ano, enquanto o prédio oficial passa por reformas.

Os internos fizeram uma rebelião nesta madrugada para protestar contra a transferência. Eles queimaram colchões, roupas e destruíram celas. Foi preciso a presença de policiais militares do serviço tático do 9º Batalhão e também da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais.

Segundo o capitão Braga, oficial do serviço tático da PM, foram identificados sete adolescentes que incitaram o motim. Eles foram isolados dos demais. Segundo o policial ninguém ficou ferido.

No dia 21 de julho o juiz Danilo Burin abriu as portas da Unei Dom Bosco, localizada da saída para Três Lagoas, para mostrar as condições do local, que tem dez alojamentos para acomodar três adolescentes em cada um, mas existem 65 internos, que estão cumprindo penas sócioeducativas em um local sem energia elétrica regularizada (apenas gatos), número de camas insuficientes, infestação de insetos e ainda falta de água tratada para higiene pessoal.

Como não há energia elétrica regularizada, foram improvisados gatos, mas eles são insuficientes para iluminar os corredores no período noturno, o que dificulta o trabalho dos agentes, que precisam utilizar lanternas.

No prédio da colônia penal, os adolescentes não vão ocupar todas as acomodações, pois a capacidade é para mais de 100 internos. Apenas cozinha, refeitório, parte dos alojamentos e lavanderia serão utilizados.