Os acusados de participação no assassinado o vigia Pedro Eudes de Moura, 51, serão ouvidos amanhã na primeira audiência judicial. Ezequiel Guimarães de Paula e Ribamar Osório de Paiva são suspeitos de terem matado o vigia no dia 17 de março, no bairro Santa Luzia. A audiência será realizada nesta segunda-feira (23), às 13h30 no Fórum de Campo Grande.

O motivo do crime seria o fato de a vítima ‘agir como policial’ no bairro, com denúncias e prisão de ladrões.

O sentimento da família é de tristeza e pedidos por justiça. “É muita tristeza, os netos perguntam por ele e não sabemos o que falar, a gente tenta ficar calmo e colocar nas mãos de Deus”, desabafa Eni de Moura, filha de Pedro.

“Esperamos apenas que seja feita justiça”, completa Eni, que provavelmente será a única da família a encarar de frente os acusados. Na audiência também estará a mãe e o irmão de Eni.

O caso

O vigia foi morto a tiros, facadas e golpes de barra de ferro. O problema teria ocorrido pelo fato do vigia agir contra os traficantes das ‘bocas de fumo’ conhecidas na Vila Dedé como ‘Boca do Cabo Reginaldo’ e ‘Boca da Zinha’, conforme informações dos policiais que apuraram o caso. Seu Pedro, como era conhecido no bairro, fazia a vigilância de bicicleta.

Naquela madrugada, ele foi vítima de uma emboscada. Um dos suspeitos derrubou a vítima com um golpe de barra de ferro, aplicado em suas costas. Já no chão, ele foi esfaqueado. Ribamar teria retirado a arma do bolso do vigia e efetuado dois tiros. Seu Pedro ficou caído no local, onde morreu.

Segundo informações da polícia, Ezequiel teria confessado o assassinato do vigia, relatando que desferiu 10 facadas contra Moura.

Ainda conforme a polícia, Ezequiel justificou o crime dizendo que o vigia toda vez que o via chamava à polícia e o acusava de ser ladrão.