Está marcada para às 13 horas do dia 26 de fevereiro (sexta-feira) no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul a primeira oitiva das testemunhas de acusação e defesa dos deputados estaduais Ary Rigo e Onevan de Matos. Os dois respondem a processo por infidelidade partidária impetrado pelo PDT. No ano passado, eles migraram para o PSDB.

Conforme a assessoria de imprensa do TRE-MS, o órgão convocou todas as testemunhas arroladas no processo para serem ouvidas nesta data, inclusive o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). Em princípio, ele não havia sido arrolado por nenhuma das partes, mas foi convocado a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral.

Ao todo estão sendo convocadas 13 pessoas. A relatoria do processo está a cargo do juiz Luiz Gonzaga Mendes. A função coube anteriormente a Marco André Nogueira Hanson que foi promovido a desembagardor do Tribunal de Justiça.

O PDT que reivindica os mandatos arrolou como testemunhas, o presidente regional do PTB, Ivan Louzada, o empresário de Aquidauana Zelito Ribeiro (nome cotado para disputar o governo pelo PTB) e o ex-secretário do ex-prefeito de Aquidauana Felipe Orro, Natalino Gonzaga.

O partido tenta provar que a desfiliação ocorreu por mera conveniência política.

Ary Rigo levará em sua defesa o deputado estadual Antônio Braga, que está filiado ao PDT, mas se ofereceu para testemunhar, o também deputado Paulo Corrêa (PR) e o vereador Loester Nunes, também do PDT.

Já Onevan de Matos arrolou seu assessor de imprensa Fernando Ortega, a ex-prefeita de Eldorado, Mara Caseiro, o pedetista Wilson Grunevald.

O PSDB que também foi citado no processo por ter abrigado os deputados arrolou o presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos e os deputados Ivan de Almeida (PRTB) e Youssif Domingos (PMDB), este último, aliás, é líder do governo na Casa de Leis.

Rigo e Onevan alegam que foram perseguidos e constrangidos dentro do PDT o que justificaria a desfiliação. Em julgamentos anteriores, a Justiça Eleitoral manteve o mandato de parlamentares que comprovaram ter vivido discriminação pessoal no partido.

Se conseguir tirar os mandatos dos dois deputados estaduais, as vagas pertencerão a dois pedetistas que ficaram a suplência para a Assembléia Legislativa, Humberto Teixeira e Oscar Goldoni.

Ary Rigo e Onevan de Matos deixaram o PDT no início de outubro de 2009, pouco depois da Executiva Nacional ter interferido no diretório regional do partido por influência do deputado Dagoberto Nogueira.

O PDT nacional nomeou João Leite Schimidt para comandar a legenda. Rigo que era presidente regional da legenda perdeu o comando da sigla e se desfiliou levando com ele Onevan e o também deputado estadual Ivan de Almeida, hoje filiado ao PRTB. O mandato de Ivan não é reivindicado como o dos outros dois porque ele não se elegeu pelo PDT, mas pelo PSB.

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