Neymar foi garoto-propaganda da Gillette, uma das patrocinadoras da seleção brasileira, por um dia. Tratado como joia do time de Mano, o atacante santista e sua possível transferência para o Chelsea foram os principais alvos da imprensa na entrevista coletiva. Aconselhado pelo treinador a ficar no Brasil por mais tempo, o jogador mais uma vez se contradisse ao responder sobre seu futuro.

A discussão começou quando Mano e Zagallo, também presente ao evento, opinaram sobre o futuro de Neymar. “Tem de levar [a opinião de ambos] em consideração, sim. Também acho que é cedo para sair”, afirmou o atacante, pouco antes de mudar o tom do discurso. “Se eu vou, não sei. Se vou ficar, também não. Tem muita coisa para decidir ainda”, disse.

Mano Menezes foi político ao comentar o assunto, disse que não falou diretamente com Neymar mas não se furtou a opinar. “Talvez eu seja quem mais apoie essa campanha [para Neymar ficar no Santos]. Ele sabe que oportunidades como essa não aparecem sempre, mas para mim, como técnico, e para o futebol, a permanência seria benéfica”, disse o treinador.

Na semana passada, Neymar tinha passado exatamente pela mesma situação em uma coletiva concedida no CT Rei Pelé. A decisão sobre o imbróglio passa, além do próprio jogador, pela família, pelo grupo DIS (dono de parte dos direitos econômicos) e pelo Santos. Nesta segunda, o atleta deve jantar com seus familiares e Wagner Ribeiro, seu empresário, para definir sua posição sobre o assunto.