A classe médica veterinária teme uma epidemia de leishmaniose entre os seres humanos a exemplo do que já ocorre entre a população canina de Mato Grosso do Sul. No mês passado, foram registrados 100 casos da doença nos cães enquanto que em todo o ano de 2001 aconteceram 60.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Roberto Bacha, a possibilidade de ocorrer a projeção do número de casos dos cães para os humanos é bastante real, já que nesse ano 50 casos de leishmaniose foram notificados entre humanos e em oito deles as pessoas morreram. Em reunião agora pela manhã no Hospital Veterinário, médicos veterinários do Centro de Controle de Zoonozes, do Conselho e secretarias de saúde avaliaram a situação e apontam como solução um alerta à sociedade e autoridades competentes. Um documento deve ser entregue até o fim da semana pela categoria à Secretaria Estadual de Saúde, alertando sobre essa necessidade.

A leishmaniose é transmitida por um mosquito, que após picar o cão doente pica o homem, transmitindo a doença. O combate ao mosquito é feito com pulverizações – semelhante às que ocorrem contra o transmissor da dengue.