As duas principais testemunhas de acusação do julgamento do major José Maria Oliveira, no caso Eldorado de Carajás, não compareceram ao Tribunal de Júri hoje. As ausências foram do cinegrafista e do motorista de um dos ônibus que levaram os policiais militares até o local onde estavam os trabalhadores rurais sem-terra. O motorista disse que está sofrendo pressões por pessoas ligadas à polícia.
O julgamento do major, acusado como co-autor do massacre de 19 trabalhadores sem-terra, em Eldorado dos Carajás, a 17 de abril de 1996, só terminará mesmo amanhã. Se for condenado, poderá pegar 228 anos de cadeia, a exemplo do principal comandante da operação, o tenente-coronel Mário Pantoja. O major Oliveira comandava a tropa de Parauapebas e está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado.