O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou a defender ontem o acordo do Brasil com o FMI ao dizer que o socorro do Fundo impede que o país “se torne uma Argentina”. A declaração foi dada pouco depois da gravação de um programa de TV com o presidente Fernando Henrique. Desde que o Brasil negociou o acordo, Serra vem dando declarações pelo pacote para se legitimar como o único candidato que apoiou a ajuda de US$ 30 bilhões.

Para o tucano, os candidatos devem ir ao encontro com FHC, amanhã, em Brasília, com mentalidade diferente. “Está na hora de esse pessoal pensar mais no Brasil e menos no umbigo”, afirmou.

Em Santos (SP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que levará ao presidente, na segunda-feira, um documento com propostas urgentes para os próximos meses. O petista também garantiu que, se eleito, não manterá Armínio Fraga no Banco Central.

Já Ciro Gomes (PPS), da Frente Trabalhista, disse em São Paulo que não fará sugestões na conversa com FHC. “Não sou Presidente da República e não posso propor mudança em algo que não fechei e não conheço”, frisou.

Anthony Garotinho (PSB), que passou o dia no Rio, afirmou que proporá a redução das reservas cambiais do país como alternativa à crise.