A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável foi aberta hoje em Johanesburgo, onde mais de 7 mil delegados tentarão buscar um consenso durante dez dias um plano de ação para combater a pobreza e reduzir os danos ao meio ambiente no mundo.

A cerimônia de abertura começou às 10h (4h de MS), com o discurso inaugural do presidente sul-africano, Thabo Mbeki, o secretário -geral da CMDS, Nitin Desai, e o diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Klaus Toepfer.

A ONU e o governo sul-africano, anfitrião do encontro, confiam em que a cúpula não se converta em uma reunião de “meras declarações”, mas produza compromissos concretos para melhorar o nível de vida dos mais pobres e frear a deterioração do meio ambiente.

Dez anos depois da Cúpula da Terra, celebrada no Rio de Janeiro, mais de cem chefes de Estado e de Governo chegarão nos próximas dias a Johanesburgo para subscrever um plano de ação que promova o desenvolvimento econômico no mundo sem colocar em risco a saúde do planeta.

A cúpula espera poder concretizar como se financiarão objetivos já contraídos em outros foros, como conseguir que 1 bilhão de pessoas tenham acesso a água potável e 2 bilhões a instalações higiênicas adequadas.

Em uma reunião celebrada em junho na Indonésia, 73% do texto do “plano de ação” ficou estipulado, mas ainda restam numerosos acertos, que de não ser resolvidos podem significar o fracasso da cúpula. Os pontos mais conflitivos são os referentes aos compromissos financeiros que os países desenvolvidos deverão adotar para erradicar a pobreza nas nações menos favorecidas.

Os países pobres querem que os ricos abram seus mercados a seus produtos, enquanto que estes exigem aos países em vias de desenvolvimento democracia e bom governo. A luta contra a aids, as energias renováveis e como frear a deterioração meio-ambiental serão, também, temas chaves na agenda do encontro, que durará dez dias. Com informações da Agência EFE.