Recursos estaduais vão garantir preservação histórica de Nioaque

O Governo do Estado vai garantir recursos, através do orçamento próprio e da parceria com o Ministério da Cultura, para preservar dois patrimônios históricos de Nioaque – a sede da antiga fazenda Analucia, desapropriada em 1997 para a reforma agrária, e um prédio localizado na Colônia Conceição, que servia de local para castigo dos escravos, […]

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O Governo do Estado vai garantir recursos, através do orçamento próprio e da parceria com o Ministério da Cultura, para preservar dois patrimônios históricos de Nioaque – a sede da antiga fazenda Analucia, desapropriada em 1997 para a reforma agrária, e um prédio localizado na Colônia Conceição, que servia de local para castigo dos escravos, no final do século 19.

O apoio à preservação de parte da história do Estado e de Nioaque, um dos primeiros povoados do sul de Mato Grosso uno, criado há 164 anos, foi anunciado pelo governador José Orcírio dos Santos durante ato comemorativo aos nove anos de luta dos trabalhadores rurais pela fixação nas terras férteis da Analucia, “Vamos colocar Nioaque no circuito do ecoturismo rural, que é mais uma fonte de renda para o homem do campo”, declarou Zeca do PT.

A festa dos assentados da Analucia foi realizada na sede da antiga fazenda que pertencia ao conde espanhol Rafael Gutierez, que habitou a região a partir de meados do século 20. Um dos motivos que levou a União a desapropriar o latifúndio, localizado ao fundo do rio Taquarussu, foi a presença de plantação de maconha, descoberta pela polícia. A fachada do prédio, em arco, lembra um forte, e as suítes hoje servem como salas de aula para os filhos dos trabalhadores rurais.

O vice-prefeito de Nioaque, Paulo José Corrêa, reivindicou a parceria do Governo do Estado para recuperar o prédio, em processo avançado de deterioração, e também da antiga casa dos escravos. Corrêa disse que o município quer implementar o ecoturismo valorizando e preservando a sua memória. A Ong “Santa Rita do Anhuac”, está fazendo um levantamento do patrimônio arquitetônico do local. “Anhuac”, costela quebrada na língua terena, originou o nome Nioaque.

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