A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande está apostando na recuperação das vendas no segundo semestre. Os comerciantes locais acreditam que nos últimos meses vários fatores contribuíram para o desaparecimento de boa parcela dos consumidores, entre eles a alta taxa de juros e dos serviços públicos, como luz e telefone.

Confirmando essa retração da economia, o percentual de pessoas que procuraram o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) para salvar as dívidas no mês de maio também diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado. Foram efetuados apenas 1.983 cancelamentos, número que representa uma queda de 39,6% no volume de inadimplentes que tiveram os nomes excluídos do cadastro de mau pagadores em maio de 2001, quando o total ficou em 3.285 cancelamentos.

Diante desse cenário nada animador, os empresários apostam na entrada do dinheiro da correção do Fundo de Garantia (FGTS) e da restituição do Imposto de Renda para aquecer as vendas. A previsão é de que sejam injetados cerca de 20 milhões de reais na economia de Mato Grosso do Sul.

A expectativa deixa o setor mais otimista em relação ao segundo semestre do ano. Caso os estudos econômicos divulgados pela associação se comprovem, haverá uma boa recuperação nas vendas até dezembro, mês em que tradicionalmente os comerciantes vendem mais.