O “desmoronamento” da ponte foi na terça-feira, mas até hoje nada foi feito

O caminhão que caiu quando a ponte sobre o rio do Peixe desmoronou, na manhã da última terça-feira, continua “pendurado” no Vale do Alcantilado, a oito quilômetros da cidade de Rio Negro.

Segundo Francisco Souza, secretário de Administração de Rio Negro, um guindaste deve ir de Campo Grande à cidade para retirar o caminhão. “Não temos como tirar o veículo de lá de outra maneira. Só o guindaste que vai vir pesa 40 toneladas. O caminhão pesa 11 toneladas e nós, aqui em Rio Negro, não temos condições de fazer esse trabalho sozinhos”, diz.

Enquanto a ajuda não chega, quem precisa ir de um lado a outro do rio está utilizando um desvio, que havia sido feito enquanto a ponte (que caiu) estava sendo reformada. Ainda segundo Francisco, a ponte existe há mais de trinta anos e já passou por inúmeras reformas.

A última dessas reformas foi concluída no início de agosto. “Essa última reforma foi financiada com recursos do Fundersul, mas ainda nem foi paga. A empreiteira realizou a obra, mas ainda não recebeu”, afirmou o secretário. Segundo os cálculos do município, serão gastos apenas com o “resgate” do caminhão cerca de R$ 5 mil.

QUEDA – Segundo testemunhas, o caminhão boiadeiro passava sobre a construção quando esta desabou, “como se estivesse desmanchando”. Havia, no veículo, 15 reses que seriam transportadas à Fazenda Vale Valente, de propriedade de Francisco Medeiros Chaves. Com a queda, duas reses morreram. O motorista do caminhão sofreu apenas ferimentos leves.

Roberto de Souza, engenheiro da Agesul, disse que, provavelmente, foram investidos cerca de R$ 130 mil na construção de “12 ou 14 pontes naquela região”. Ele afirma ainda que a responsabilidade pela construção, manutenção e fiscalização dessas obras é total dos municípios.

A delegacia regional de Coxim realizou a perícia e abriu inquérito para saber as causas da queda. A ponte ficava dez metros acima do rio do Peixe, tinha cerca de 30 metros de largura e 20 de comprimento.