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Esportes

Vice de Cezário tem nomeação pela CBF questionada na Justiça Desportiva por não assinar ata de posse

Petrallas foi nomeado para assumir o cargo após a prisão e afastamento de Cezário
Fábio Oruê -
cbf
Estevão Petrallas está no lugar de Francisco Cezário (Divulgação, Operário)

O TJD (Tribunal de Justiça Desportivo) vai questionar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre a nomeação de Estevão Petrallas como presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) após a prisão e afastamento de Francisco Cezário no dia 21 de maio.

Segundo o presidente da Justiça Desportiva em MS, Patrick Hernandes, o pedido de esclarecimento será enviado pelo Procurador-Geral do TJD, Adilson Viegas. O questionamento à CBF busca dar maior transparência à nomeação de Petrallas.

Isso porque o ex-presidente do Operário e vice-presidente da FFMS não teria assinado a ata de posse da diretoria na última eleição. “Isso é discutível. Uns vão dizer que ele não tomou posse, outros vão dizer que ele foi eleito sim. Só não assinou o termo de posse que por si só não invalida a eleição”, explica Hernandes.

Times se uniram contra nomeação

Dirigentes dos times de Mato Grosso do Sul não receberam bem a nomeação de Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário e vice-presidente da FFMS, como interventor da CBF na entidade.

Por isso, clubes se uniram e vão acionar o TJD (Tribunal de Justiça Desportivo) contra a decisão. Para os dirigentes, a nomeação do vice-presidente no lugar de Francisco Cezário – preso desde o dia 21 de maio na Operação Cartão Vermelho – não muda o status na federação, que para muitos, parou no tempo.

Aqueles que acompanham há anos o futebol sul-mato-grossense são os mesmos que tecem críticas ao sucateamento e falta de força da federação. O presidente da Portuguesa, Gilmar Ribeiro, defende a troca da diretoria. “A gente precisa de sangue novo para a Federação”, opina.

“Nós não compactuamos com o nome de Estevão Petrallas para ser interventor do futebol sul-mato-grossense pela CBF. Nós somos contra esse nome”, diz o presidente do Comercial, Claudio Barbosa.

Assinaram abaixo assinado comunicando que irão procurar os direitos pelo meio legais:

  • AC
  • Sete de Setembro
  • Esporte Clube Comercial
  • Ivinhema FC
  • OAC
  • São Gabriel EC
  • Cefac/Esquerdinha
  • Portuguesa
  • Novo Futebol Clube
  • MS Fênix
  • Náutico
  • Aquidauanense
  • Corumbaense
  • Coxim
  • Ponta Porã
  • Clube Esporte União

Nomeação de interventor

A nomeação do interventor pela CBF acontece quase uma semana após a prisão de Cezário. Estevão atualmente é presidente do Conselho Deliberativo do Operário e deve pedir afastamento por 90 dias para assumir a intervenção.

O nome de Estevão foi anunciado após o pedido de afastamento de Cezário das funções da Federação, nesta segunda-feira. A portaria da entidade máxima do futebol brasileiro foi publicada enquanto os clubes estavam em reunião para decidir os rumos da federação.

Aqueles que não gostaram do escolhido para assumir interinamente a FFMS ainda podem não acatar o nome da CBF na assembleia geral extraordinária, convocada pelos dirigentes para o dia 7 de junho.

Segundo o estatuto da CBF, os clubes filiados têm decisão soberana para decidir e escolher o interventor em assembleia. Além do nome do interventor, os clubes vão decidir sobre o afastamento da diretoria e alteração do estatuto da FFMS.

Operação na Federação de Futebol

Operação Cartão Vermelho identificou desvios de mais de R$ 6 milhões. Conforme informações do Gaeco, o grupo realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle.

Mais de R$ 800 mil foram apreendidos, inclusive em notas de dólar somente durante o cumprimento dos mandados nesta terça-feira, além de revólver e munições.

Assim, os valores eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa. O esquema se estendia também a outras empresas que recebiam altas quantias da federação. Assim, parte dos valores era devolvida ‘por fora’ ao grupo.

A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Equipes do Gaeco cumpriram 7 mandados de prisão preventiva, além de 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e .

Conforme o Gaeco, o nome da operação faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.

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