Palmeiras reproduz erros em derrota contra o Fluminense amarga o vice do Brasileirão

Equipe repete erros de efetividade no ataque, além de vacilos em divididas na defesa

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Thiago Silva se emociona com permanência do Flu na Série A (Foto: Reprodução, X)

O Palmeiras dá adeus a 2024 sem um grande título. A confirmação veio neste domingo com a derrota por 1 a 0 para o Fluminense pela última rodada do Brasileirão. A equipe termina na segunda colocação, com 73 pontos, seis atrás do campeão Botafogo, e repetindo erros de efetividade no ataque, além de vacilos em divididas na defesa.

A torcida do Palmeiras começou com incentivo no Allianz Parque. A empolgação pela chance de título, por menor que fosse a probabilidade, contagiava desde o entorno do estádio. Mas a festa virou vaia. E o futebol mostrado pelos palmeirenses em campo representou os piores momentos do time na temporada.

O balanço ruim do ano ofusca a despedida de Dudu, que deve deixar o Palmeiras após quase dez anos e 12 títulos. O que não se perde é o brilho que Estêvão teve em 2024. O garoto foi protagonista da equipe, chamado para a seleção e demonstrou consistência e talento de craque.

Palmeiras e Fluminense começaram intensos. Logo com um minuto, a equipe carioca ganhou escanteio, e Cano acertou a trave. A resposta palmeirense veio nos dribles de Estêvão. Mesmo sem o título, o garoto foi o principal nome da equipe em 2024.

O empate, no começo do primeiro tempo, agradava ao Fluminense. O time carioca por vezes preferia catimbar a propor o jogo. Nesse sentido, Arias destoou, tentado criar jogadas. O Palmeiras tinha lampejos com Veiga e Estêvão, mas parava na retranca tricolor.

Aos 15 minutos, o Fluminense levou perigo novamente, com cruzamento que ficou em bate-rebate até a bola ser chutada por cima da meta de Weverton. Quase cinco minutos depois, Estêvão sofreu falta após dar um lençol no marcador. Veiga cobrou raspando o gol do Fluminense.

Depois disso, Palmeiras se demonstrava mais à vontade para chegar na frente. Porém, ainda dependia muito de Estêvão, que por vezes sofreu até com força desproporcional dos marcadores adversários. A presença dos palmeirenses no campo de ataque ainda abriu espaço para sofrerem ataques.

Assim que Nonato encontrou Serna, aos 35 minutos. O colombiano cortou Vanderlan e Murillo e marcou, diante de um imóvel Weverton. Praticamente ao mesmo tempo, como em um roteiro de tragédia alviverde, Savarino abria o placar para o Botafogo no Rio.

O gol permitiu ao Fluminense amornar ainda mais. A pressa tomou conta do Palmeiras. Os lançamentos saiam errados, os jogadores caiam na catimba adversária, a torcida visitante gritava mais alto e algumas vaias se ensaiavam entre os locais. O som de reprovação foi ao ápice na saída para o intervalo, competindo apenas com o sistema de som do estádio que tentava intervir.

Abel Ferreira voltou do intervalo com as fichas na mesa. Um aplaudido e de saída Dudu entrou no lugar de Aníbal Moreno. O time parecia mais motivado. Se há boa notícia para o Palmeiras após 2024, é que, se Giay jogar como foi neste domingo, o clube não dependerá dos contestados Marcos Rocha e Mayke na próxima temporada.

Foi o argentino que criou a primeira chance na segunda etapa. Ele abriu para Estêvão cruzar. Flaco exigiu boa defesa de Fábio. O Palmeiras insistiu e, em jogada semelhante, a bola sobrou para Vancerlan bater no canto e empatar. Ramon Abatti foi ao VAR e constatou impedimento, anulando o gol.

A empolgação só voltou quando a torcida recebeu a notícia do gol são-paulino, empatando com o Botafogo. O cenário, porém, ainda era o mesmo, com título botafoguense.

Novas alterações não mudaram a dinâmica. Estêvão continuou sobrecarregado e quase o único capaz de finalizar. Já a decisão de Abel em tirar Veiga para a entrada de Rony não se justificou

O Palmeiras só voltou a assustar com um escanteio, aos 21 minutos. Menino cobrou na cabeça de Murillo. Mas Fábio fez novamente grande defesa. A pressão palmeirense crescia, mas foi aparada por vacilos. Em um deles, foi permitido que jogadores do Fluminense tabelassem do meio até a área de ataque, mas Weverton defendeu as chances.

Um lance aos 35 minutos sintetizou a partida. Estêvão abriu espaço no lado direito e cruzou. Havia três jogadores na área, mas todos estavam à frente da bola. O garoto não teve companhia para jogar no encerramento da temporada.

Nos acréscimos, o Fluminense quase ampliou com Keno. O centroavante saiu na cara de Weverton, mas errou a cavadinha. Kauã Elias errou depois outra chance dentro da área. Logo depois, Gregore ampliou para o Botafogo no Rio. Os sete minutos de acréscimos dados por Ramon Abatti viraram amistoso – de nada mais valiam.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 0 X 1 FLUMINENSE

PALMEIRAS – Weverton; Giay (Marcos Rocha), Murillo, Gustavo Gómez e Vanderlan (Caio Paulista); Aníbal Moreno (Dudu) e Richard Ríos; Estêvão, Raphael Veiga (Rony) e Maurício (Gabriel Menino); Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.

FLUMINENSE – Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Thiago Santos e Gabriel Fuentes; Martinelli e Nonato (Manuel); Lima, Kevin Serna (Keno) Jhon Arias; Germán Cano (Kauã Elias). Técnico: Mano Menezes.

GOL – Serna, aos 36 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Lima, Germán Cano e Gabriel FUentes (Fluminense).

ÁRBITRO – Ramon Abatti Abel (Fifa-SC).

PÚBLICO – 34.571 presentes.

RENDA – R$ 3.522.940,16.

LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo.

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