Leila Pereira, presidente do Palmeiras e atualmente na chefia da delegação da seleção brasileira, comentou sobre os casos de estupro envolvendo Daniel Alves e Robinho. Em entrevista ao portal Uol, dirigente também alfinetou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A entidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre os dois casos.

Para Leila Pereira, os dois casos são um tapa na cara das mulheres, e, apesar de ninguém da CBF ter se pronunciado, se sente na obrigação de comentar.

“Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse a presidente.

Justiça da Espanha concede liberdade provisória a Daniel Alves

Condenado em fevereiro por estupro contra uma mulher de 23 anos, Daniel Alves teve o pedido de liberdade provisória concedido pela Justiça espanhola na última quarta-feira (20). O Tribunal de Barcelona decretou a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) para o brasileiro.

O jogador também não poderá sair da Espanha e vai entregar os passaportes em seu nome (brasileiro e espanhol) à Justiça local. Daniel Alves também terá que comparecer semanalmente no Tribunal, no entanto, ainda cabe recurso contra a decisão. Ele alega inocência e recorre da sentença pelo crime de agressão sexual.

Defesa de Robinho recorre ao STF para evitar prisão imediata

A defesa do ex-jogador Robinho acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (21) para evitar a prisão imediata do atleta, no Brasil, para o cumprimento da pena de estupro. O crime ocorreu na Itália, local onde foi realizado o julgamento.

Na última quarta-feira (20), a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu por 9 a 2, que Robson de Souza, nome do ex-jogador de futebol Robinho, deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo ao qual foi condenado na Itália.