Festival Surdolímpico terá a 2ª edição neste sábado (23), proporcionando a prática esportiva para pessoas surdas de qualquer faixa etária. O evento é uma criação regional.

O objetivo é promover uma tarde para a prática de atletismo, voleibol, basquetebol com aulas ministradas por três professores de Educação Física surdos.

A iniciativa quer estimular o aprendizado de modalidades surdolímpicas em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para promoção da saúde, lazer ou competição. O projeto faz parte das ações da Gerência de Paradesporto da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer).

A surdez em si não implica em restrições à prática de atividade física e não existem esportes mais ou menos adequados para surdos. Entretanto, as limitações linguísticas e comunicacionais podem dificultar a compreensão e o relacionamento, interferindo na aprendizagem e no comportamento do indivíduo.

O festival acontece no Poliesportivo da Vila Almeida, na Rua Engenheiro Amélio de Carvalho Baís, n° 1890, na Vila Almeida, das 14h às 17h. Para se inscrever, basta clicar aqui.

Para a professora de Educação Física e criadora do Festival Surdolímpico, Clelia Souza, o principal objetivo é inserir as pessoas surdas em um ambiente confortável em relação à Língua Brasileira de Sinais.

“O Festival é importante para que eles estejam juntos confraternizando, aprendendo modalidades surdolímpicas, convivendo com eles mesmos, com os pares linguísticos, que são pessoas que usam a Língua de Sinais. Porque quando o surdo tem contato com pessoas surdas que ensinam para ele alguma coisa, têm muito mais valor por causa da afirmação da identidade”, destaca a professora.

Além da prática da modalidade, os professores convidados, Raquel Couto Amaral professora de Educação Física surda, responsável pela oficina de atletismo, Maurisclei Nascimento Moreira, professor de Educação Física responsável pela oficina do voleibol, e Felipe Ceresini Caporal, professor de Educação Física responsável pela oficina de basquetebol, realizarão palestras sobre a trajetória no esporte de surdos.

E também Rivair Souza, douradense, campeão nacional de boliche na Surdolímpiada Nacional, contará um pouco da sua trajetória na conquista do ouro em Londrina.