A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu, nesta quinta-feira (30), pela manutenção da convocação para a seleção brasileira de Lucas Paquetá. Isso apesar de o jogador responder à acusação de quatro violações das regras de apostas do Campeonato Inglês.

O Brasil fará dois amistosos, contra México e Estados Unidos, antes da disputa da Copa América a partir de 20 de junho.

Em comunicado do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF informou que todo atitude após entrar em contato por e-mail com a Associação de Futebol da Inglaterra (FA, sigla em inglês). “Conclui-se, de forma categórica, que o jogador Lucas Paquetá, apesar da conduta pela qual fora denunciado autorizasse o afastamento preventivo, conforme previsto no E16.1 do regulamento da FA, não foi apenado até o momento pela entidade processante e legitimada para sancioná-lo”.

CBF fala em ‘presunção de inocência’

O documento prossegue. “E, por assim dizer, é certo afirmar que o atleta está liberado a exercer o seu ofício profissional até o presente momento, fonte de seu sustento e de sua família, de maneira plena e irrestrita, seja pelo seu clube, seja pela seleção do seu país de origem”.

E concluiu. “Nesse contexto, à luz do princípio de matriz constitucional da presunção de inocência insculpido no artigo 5º, LVII, também aplicável na seara administrativa e nos procedimentos esportivos, por força do qual ninguém pode ser considerado culpado enquanto não sobrevier sentença penal transitada em julgado atestando a materialidade e culpabilidade do infrator, não pode a CBF, de forma autoritária e à revelia da Associação Inglesa que conduz o caso, apenar o jogador e proibi-lo de atuar pela seleção nacional, sob pena de configurar evidente antecipação de pena, o que, em hipótese nenhuma, pelo menos diante da legislação pátria atual, pode ser tolerado”.

Entenda a acusação contra Lucas Paquetá

O meia Lucas Paquetá, do West Ham, acabou acusado, há uma semana, pela FA, de quatro violações das regras de apostas do Campeonato Inglês. Elas se referem à sua postura dentro de campo em três partidas. Alvo do Manchester City, atual tetracampeão nacional, ele pode ter sua transferência inviabilizada por causa dessas investigações.

A suspeita da entidade que comanda o futebol local se refere à Regra E5.1 da FA. Assim, ela tem relação com a conduta do atleta em três partidas realizadas no ano passado, quando recebeu cartão amarelo. Isso ocorreu, primeiro, no duelo diante do Leicester, City, em 12 de novembro. Depois, no jogo com o Aston Villa, no dia 12 de março. Por fim, o confronto com o Bournemouth, em 12 de agosto.