O 1º sargento Emerson da Silva Pereira, do Comando da 9ª Região Militar, conquistou medalha de ouro na competição de tiro esportivo das Paralimpíadas Militares Regionais, que aconteceu entre os dias 19 a 24 de junho, na Academia Tiro Life, na cidade de Goiânia (GO).

“Eu entrei no Programa Militar Paralímpico desenvolvido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em 2022, através da Olimpíada do Exército, onde pela primeira vez na história teve duas modalidades paraolímpicas, tiro esportivo e tiro com flecha. Venho numa crescente de conquistas desde ano passado”, conta o sargento.

Com destaque em vários campeonatos de nível nacional, na última competição o militar se classificou com medalhas de ouro em duas categorias, R4 (de pé) e R5 (deitado).

“Dentro do PMP que engloba Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícias Militares eu estou em 1° colocado geral da categoria SH2. Dentro do Tiro Esportivo Paralímpico, quem possui alguma deficiência nas pernas é classificado na categoria SH1, enquanto quem possui alguma deficiência nos braços classifica-se como SH2”, explica Emerson.

O sargento Emerson conta que no de 2022, durante as competições das Paralimpíadas Militares Regionais, ganhou as edições de João Pessoa (PB) e Fortaleza (CE). Em 2023, ganhou a modalidade em São Paulo/SP.

Já no Circuito Loterias da Caixa de Tiro Esportivo, realizado no Rio de Janeiro (RJ), a competição reuniu os melhores atiradores paralímpicos civis e militares do Brasil, e Emerson, conquistou a 4° colocação nas duas fases, que aconteceram entre março e maio.

Sua vitória mais recente, em Goiânia (GO), permitiu que o sargento trouxesse para Mato Grosso do Sul duas medalhas de ouro, nas provas em pé e deitado.

Emerson durante competição. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Como eu estou competindo a menos de um ano, o mais desafiante pra mim ainda é a adaptação aos equipamentos e as técnicas de tiro, que eu e meu técnico vamos adaptando ao longo das competições”, afirma Emerson.

“A cada treinamento ou competição que eu participo com os atletas da Equipe Brasileira, eu aprendo um pouquinho a mais. Esses atletas da Equipe Brasileira já possuem mais de dez anos de experiência, com equipamentos de primeira e incentivos como Bolsa Atleta Nacional e Bolsa Atleta Estadual. Eu ainda estou correndo atrás de alguma Bolsa Atleta para me ajudar nas despesas”, conta.

Ele ainda conta quais são os desafios do treino e como faz para se preparar para as competições. “Meu treino é diário, eu montei em estande de tiro na minha casa, e realizo em média de 150 a 200 disparos todos os dias”.

Agora, o militar e medalhista espera a o Treinamento da Equipe de Alto Rendimento, que será realizado na Escola de Educação Física do Exército, no dia 10 de julho.

E todos os esforços têm valido a pena. Ele conta que foi convidado para um treinamento para se preparar para a Copa Brasil de Tiro Esportivo, que acontece ainda este mês. “Pelo meu desempenho crescente no Programa Militar Paralímpico eu recebi um convite do CPB para participar da 1° Clínica de Acesso ao Alto Rendimento, a ser realizada no Centro de Capacitação Física do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, do dia 10 a 16 de julho”, explica.

“Além de competir na carabina de ar (10m) vou competir também pela primeira vez na carabina de fogo 22 (50m). Espero mais uma vez poder representar bem minha instituição e nosso querido estado”, finaliza.

Pódio da competição de Goiânia. (Foto: Arquivo Pessoal)