A 2ª etapa da temporada 2023 do Moto 1000 GP, em Campo Grande, foi de altos e baixos para Meikon Kawakami, piloto que faz sua estreia na categoria. Ele conquistou a pole position nos treinos, mas sofreu um acidente, no sábado.

O piloto da PRT/M78 Yamaha Racing, que revessou a liderança das sessões de treinos livres com seu irmão Ton Kawakami (PRT/AD78 Yamaha Racing), largou na pole e caiu durante a primeira corrida do fim de semana.

A queda ocorre antes do complemento da última volta, apenas alguns metros após quebrar o recorde oficial da pista do Circuito Orlando Moura, que até então era do francês Matthieu Lussiana, com 1min25s715, desde a etapa de Moto 1000 GP em 2015.

Meikon marcou 1min25s575, sendo 0s140 mais rápido. Sobre o recorde, o piloto considerou que é resultado do bom ritmo que ele e o irmão têm conseguido durante os treinos e corridas.

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Ton (87) e Meikon (83) durante disputa pelo primeiro lugar no sábado (26) (Foto: Moto 1000 GP/Grelak Comunicação)

Bandeira vermelha

Após a queda a corrida foi interrompida sob bandeira vermelha, garantindo a segunda colocação da prova para Meikon. Ton Kawakami venceu. Após o atendimento de pista conforme os protocolos da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), o piloto foi direcionado ao ambulatório e foi constatado que estava neurologicamente estável e com uma suspeita de fratura de úmero.

Foi realizada a imobilização, medicação e estabilização do membro, não havendo necessidade de ambulância. Kawakami foi encaminhado ao Hospital do convênio após contato da equipe médica do Moto 1000 GP, sob o comando do Dr. Marcos Kawasaki, com o ortopedista do hospital.

Cirurgia

A fratura foi confirmada por exame de imagem e Kawasaki foi aconselhado a realizar a cirurgia em São Paulo. A operação, que obteve sucesso, foi realizada no fim da tarde de terça-feira (30).

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Kawakami foi operado na terça-feira (30) (Foto: Grelak Comunicação)

“Direcionei ele para o Hospital Oswaldo Cruz, sob a conduta da equipe médica do Dr. João Manoel Fonseca Filho, que é de extrema confiança”, contou o médico. Na cirurgia foi feita a imobilização óssea com placa e parafuso e foi realizada uma neuro estimulação e a condução nervosa constatou que não havia nenhuma lesão maior no nervo.

“Estou no hospital e devo ter alta na quinta-feira (1). Estou muito bem, mas ainda sinto umas dorzinhas normais do pós-operatório. O osso demora de 30 a 45 dias pra calcificar, mas a recuperação vai depender da lesão no nervo”, contou Kawakami. “Como todo trauma, agora é aguardar a evolução pós-cirúrgica do paciente nas próximas semanas”, complementou Kawasaki.