Mano Menezes inicia sua terceira passagem no Corinthians neste sábado (30), em visita ao São Paulo, pelo Brasileirão. Está liberado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Apesar da importância do clássico, a grande missão é levar a equipe à final da Copa Sul-Americana, em duelo de volta com o já na terça-feira (3).

Com dois jogos duros e importantes pela frente, ambos fora de casa, Mano chegou falando em apostar na força do coletivo e na simplicidade. E quer que suas ideias sejam bem assimiladas pelo grupo. Assim, a ideia inicial é “não inventar coisas mirabolantes”.

Depois de avaliar os números do clube na temporada, Mano Menezes constatou que o time está entre os piores que recupera a bola no ataque. Dessa forma, quer mudar o em um curto espaço de tempo. Também apostará na manutenção da posse de bola e tentará resgatar a defesa intransponível que teve nas passagens anteriores.

“Quando você perde a bola na frente e não tem a capacidade de recuperá-la no ataque, acaba estourando na defesa. Isso tentaremos mudar em curto espaço de tempo, para guardar para atacar”, avaliou Mano Menezes, detectando falta de força ofensiva na equipe por causa do desgaste na ajuda à marcação.

Mano Menezes disse que não vai radicalizar

Em mais de uma hora de entrevista para explicar tudo o que pretendo com o Corinthians nesta volta ao clube em reta final de temporada, o treinador falou bastante de tática, se disse à vontade para impor seu trabalho, mas não quer radicalizar, tampouco crucificar atletas.

Em sua visão, rendimento é o que prevalecerá na formação do time, “independentemente de o atleta ter 38 ou 21 anos”, enfatizou Mano. “Tem jogador com 42 anos sendo o melhor de sua posição aí no campeonato”, disse, usando o goleiro Fábio, do Fluminense, de exemplo.

Assim, depois de duas boas passagens pelo clube, a primeira reconstruindo o time para a Série B em 2008 e ganhando três títulos, e a segunda, em 2014, deixando a equipe que conquistaria o Brasileirão de 2015 pronta, Mano volta confiante em nova passagem de sucesso.

“Acredito muito em ideia e conceito de jogar. Todos precisando disso e é o meu papel ajustar a equipe, com traços simples e objetivos. Não coisas complexas. Esses traços é para que tenham consciência do que queremos em cada partida, e fazer benfeito o exigido. Se não ficar claro a eles, haverá confusão em campo e isso é um prato cheio para não andarem bem. Vão entrar sabendo o que queremos fazer”, mostrou confiança o comandante.

“O que faz a diferença são ideias, conceitos, execução e entrosamento. Hoje os times não têm uma diferença técnica tão grande, então o coletivo faz a diferença, é o que vamos fazer, sem inventar coisas mirabolantes”.

Treinador não esperava convite

Antes de fazer uma avaliação complexa do time, Mano Menezes admitiu que recebeu uma consulta do clube para assumir a vaga de treinador em abril, mas revelou que não podia abrir mão do acordo com o Internacional. Agora, disse que foi pego de surpresa.

“Quando se recebe pela terceira vez convite para dirigir clube do tamanho do Corinthians, não se recusa. É uma satisfação, um orgulho estar aqui. Um retorno ainda esse ano não era a primeira ideia, mas vim, pelo tipo de relacionamento que a gente construiu nas outras duas vezes. Esse comprometimento e gratidão mútua, me fez voltar e assumir um desafio dessa grandeza, mesmo faltando 3 meses para acabar temporada”, afirmou.

“Mas recebi (o convite) com surpresa, não esperava”.

Sobre o clássico com o São Paulo, no qual terá de armar um time forte, mesmo pensando no Fortaleza, e no qual terá de encontrar substitutos para os suspensos Yuri Alberto, Fagner e Gabriel Moscardo, Mano optou pelo mistério. Então, Ele só revelará a escalação neste sábado, mas promete não desrespeitar a grandeza do jogo, nem expor jogadores.

“Um grande adversário, que acabou de ganhar um título e vem empolgado. Esse é o ambiente que vamos enfrentar. Vou tomar cuidado com quem vou colocar. É muito fácil tirar uns e expor outros. Mas usarei o melhor que pudermos sem correr risco de desgaste excessivo para terça-feira. Esse jogo exige [um time forte], pois o e campeonato é duríssimo”.