Nervoso e sem criatividade, Corinthians escapa de derrota para o América-MG no último lance

Ainda sem somar uma vitória sequer neste retorno, Mano Menezes terá pouco tempo para novamente recuperar o ânimo

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Corinthians quase caiu diante do América (Rodrigo Coca, Agência Corinthians)

O Corinthians iniciou muito mal sua sequência de jogos diante de rivais na luta contra o rebaixamento. Diante do lanterna América-MG, na Neo Química Arena, a equipe repetiu as péssimas apresentações que o perseguem o ano todo. Com nervosismo e sem criatividade, quase não ameaçando o gol mineiro, escapou do vexame da derrota no último lance, com Giuliano igualando o placar em 1 a 1. Mesmo com o resultado, despencou na tabela do Brasileirão, fechando a rodada em 15º, somente três pontos a frente do Vasco, primeiro na degola.

Com o tropeço em jogo no qual tinha a “obrigação” da vitória, a equipe terá de desencantar em visita ao Cuiabá, na quarta-feira. No domingo há o clássico com o Santos, na Neo Química Arena. Ocorre que o futebol corintiano apresentado desde o segundo tempo dos 3 a 3 com o Fluminense é pobre, repetindo toda a temporada. O time não sabe propor o jogo e vive passando aperto. São somente sete vitórias no Brasileirão, primeiro quesito de desempate.

Ainda sem somar uma vitória sequer neste retorno, Mano Menezes terá pouco tempo para novamente recuperar o ânimo e a ambição da equipe. Diante da segunda pior defesa, com 56 gols sofridos, a equipe quase não finalizou em seus domínios e escapou da derrota sem méritos.

Após uma primeira etapa diante do Fluminense muito boa na quinta-feira e há tempos não vista pelos corintianos, a empolgação tomou conta para o quarto jogo do ano contra o América-MG. A confiança era em uma grande apresentação desde o apito inicial na Neo Química Arena por um alívio na tabela.

Mas havia um agravante: a pressão extra pelo triunfo após os concorrentes contra a queda, Bahia, Internacional e Cruzeiro fecharem a rodada com os três pontos. O Corinthians, além de estar bastante perto de Vasco e Santos (ambos com 30 e abrindo a zona de queda, diante de 32 dos comandados de Mano Menezes), tinha despencado para o 15º lugar.

Sem Maycon, com a volta de Lucas Veríssimo e com Fábio Santos e Matias Rojas no banco, a ideia era sufocar para tentar quebrar rapidamente o ferrolho mineiro com três zagueiros. Mas o planejado não deu resultado e desde os primeiros lances podia ser visto que a dificuldade seria imensa.

O América não dava espaços pelo meio e ainda era bastante veloz nos contragolpes. Diante de um oponente que insistia em cruzamentos sem alvo definido, a defesa mineira dava contra do recado e ainda viu Benítez abrir o marcador aos 37 minutos, deixando o Corinthians ainda mais nervoso em campo.

Sob apoio do torcedor, mas visivelmente abatido pelo revés momentâneo, o time corintiano foi ao vestiário cabisbaixo e sem saber explicar o rendimento ruim da etapa, na qual o goleiro Jori apareceu mais por matar tempo do que por defesas.

Mano não quis perder tempo e voltou com Fábio Santos na lateral e com Rojas para ter mais criatividade. Mas o paraguaio entrou apagado e as trocas não deram certo no começo. Sem chegar na frente, o Corinthians ainda levou novo susto. Benítez teve chance de ampliar em falta quase na risca da área. Mandou pelo alto.

Sem ver a equipe crescer, Mano continuou trocando as peças buscando ofensividade. Com Giuliano e Felipe Augusto na frente, tinha cinco peças de ataque para evitar um vexame caseiro. Mas o time não ameaçava o gol de Jori. Lento e sem inspiração, perdia a bola facilmente e passava aperto. Cássio salvou em chute de Marlon.

O Corinthians pediu pênalti em lance dentro da área, mas nada foi marcado após três minutos de revisão do VAR. Na sequência do lance, Jori quase entrega ao largar o lançamento. Na base dos chuveirinhos e mostrando muitas carências, o Corinthians escapou do enorme vexame com gol de cabeça de Giuliano no último lance. Fagner cruzou, Gil escorou e o meia igualou o placar.

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