Jogos da Juventude: quando competir é uma conquista, mesmo sem pódio

Uma das principais formas de cobrir e acompanhar uma competição é por meio dos resultados e, no caso de Olimpíadas ou Jogos da Juventude, ficar de olho no quadro de medalhas. No entanto, eventos que reúnem tanta gente também têm muitas histórias de campeões que não voltaram com um prêmio no peito. Nos Jogos da […]

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Uma das principais formas de cobrir e acompanhar uma competição é por meio dos resultados e, no caso de Olimpíadas ou Jogos da Juventude, ficar de olho no quadro de medalhas. No entanto, eventos que reúnem tanta gente também têm muitas histórias de campeões que não voltaram com um prêmio no peito.

Nos Jogos da Juventude de 2023, em Ribeirão Preto, o acreano Alexandre Queiroz, de 15 anos, foi um deles. Desde os nove anos, ele trabalha em plantações de milho e arroz em Epitaciolândia, município que tem menos de 20 mil habitantes. Hoje, ele concilia a atividade com os treinos no judô, além dos estudos. A jornada tripla é para equilibrar os próprios sonhos e as necessidades da família. Eles moram próximos à fronteira com a Bolívia.

“Levo todo meu esforço e história de vida para dentro do tatame. No cultivo, você aprende a dar os primeiros passos na vida, assim que funciona na minha cidade, desde menino. É ganhar dinheiro, mesmo pouco, para ajudar a colocar comida em casa”, disse Alexandre, em declaração dada ao COB.

O jovem venceu a seletiva do estado para chegar à competição nacional, mas acabou derrotado na primeira luta pelo roraimense Paulo Ribeiro, na quarta (6). Saiu realizado da mesma forma.

“Mostrei que posso estar aqui, representei Epitaciolândia e meu estado. Jamais vou esquecer”, disse ele.

Até o final de quarta (6),sexto dia dos Jogos, o estado de São Paulo seguia no topo do quadro de medalhas, com 17 ouros e 44 pódios no total. O Rio de Janeiro aparecia em segundo (11 e 31, respectivamente) e o Paraná (nove e 28) em terceiro lugar.

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Bia Ferreira - (Foto: Reprodução, Instagram)