Diogo Soares é prata no individual geral da ginástica no Pan; Nory é nono e adia vaga olímpica

Diogo Soares continua brilhando na ginástica artística. Depois de ficar no 10º lugar no Mundial da Bélgica, disputado em Antuérpia há pouco mais de um mês, o jovem atleta de 21 anos garantiu a medalha de prata no individual geral nesta segunda-feira, atrás somente do canadense Felix Dolci. Arthur Nory, o outro representante do País, […]

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Ginasta brasileiro Diego Soares (Divulgação)

Diogo Soares continua brilhando na ginástica artística. Depois de ficar no 10º lugar no Mundial da Bélgica, disputado em Antuérpia há pouco mais de um mês, o jovem atleta de 21 anos garantiu a medalha de prata no individual geral nesta segunda-feira, atrás somente do canadense Felix Dolci. Arthur Nory, o outro representante do País, e que buscava vaga olímpica, sofreu duas quedas nas barras paralelas e acabou somente em nono, adiando o sonho por Paris-2024.

A prata de Diogo Soares foi confirmada no último aparelho, depois de ele figurar em quinto no geral após a passagem pelos primeiros aparelhos. Com 13,600 pontos na barra fixa, ele fechou sua apresentação com 81,865, superando o americano Donnell Whittenburg, que fez 13,066 e acabou ficando somente com o bronze, com 81,764. Mesmo sofrendo uma queda no fim, Dolci fechou com 82,531 para levar o ouro.

Além da boa nota na barra fixa, Diogo Soares foi bastante regular, com 13,400 no solo, 13,766 no cavalo com alças (melhor nota do aparelho na final), 13,233 nas argolas, 14,033 no salto e 13s833 nas paralelas. Ele já estava com vaga em Paris-2024 por causa do desempenho no Mundial.

“Essa medalha significa muita coisa, representa que o trabalho de todos deu certo. A minha lesão (no pé, no meio do ano) foi um ponto marcante, eu estava perdendo a esperança, pois não é só recuperar, tem de voltar a treinar. Se não fosse a equipe disciplinar do Flamengo e da seleção essa medalha não viria, muito menos a vaga na Olimpíada”, disse Diogo Soares. “Agora é aproveitar a medalha, descansar, torcer para as meninas e os meninos que têm as finais, tenho a final das paralelas também e é isso.”

Já Nory acabou pagando caro por causa das quedas nas paralelas. No momento em que fazia sua apresentação, ele demonstrou ter sentido novamente o ombro esquerdo que já o tirou de algumas competições. Somou um 10,833 que custou bastante caro na disputa da vaga a Paris-2024 com o dominicano Audrys Nin Reyes, que se garantiu com 80,165 no total diante de seus 77,932.

“Obrigado a todos que estão acompanhando. Infelizmente a vaga não chegou hoje, final individual é bem difícil, estou me entregando muito, dando minha vida e meu sangue neste esporte. Agora são quatro Copas do Mundo em 2024 para buscar a vaga e me divertir”, afirmou Nory. “Na paralela, por causa de tanta carga de treino, dei uma sentida. Um incomodozinho, mas passou. O médico estava do lado e não foi por isso. Ainda tenho as finais do salto (fez ótimo 14,333) e da barra (fechou com 14,500). Um erro é para aprender com ele e continuar trabalhando. Vou buscar essa vaga.”

Aproveitou para celebrar a prata do amigo Diogo. “Muito bacana, torço muito pelo Diogo, amigo de quarto, estamos sempre junto, um torce para o outro, ele também me motiva e essa troca de experiência faz a gente colher bons frutos. Ele é muito bom e estou feliz com a vaga dele em Paris.”

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