Fábio se reencontra com o Cruzeiro e vê Cano garantir vantagem ao Fluminense

O reencontro entre Cruzeiro e o ídolo Fábio foi com festa para o goleiro, que viu Cano garantir a vitória do Fluminense, por 2 a 1, no Maracanã, e dar vantagem do empate para o duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O segundo jogo será em Belo Horizonte, dia 12 […]

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(Foto: assessoria/Fluminense)

O reencontro entre Cruzeiro e o ídolo Fábio foi com festa para o goleiro, que viu Cano garantir a vitória do Fluminense, por 2 a 1, no Maracanã, e dar vantagem do empate para o duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O segundo jogo será em Belo Horizonte, dia 12 de julho, e os mineiros precisam de triunfo por dois gols de diferença para avanço direto ou de um para levar a decisão aos pênaltis.

Apesar de lamentar a derrota, os mineiros poderiam sair em desvantagem ainda maior do Maracanã. Perderam Geovane expulso ainda no primeiro tempo e passaram enorme sufoco. Foram quase 30 finalizações dos mandantes. Rafael Cabral fez boas defesas e segurou o ímpeto dos cariocas.

Após 17 anos defendendo as cores do Cruzeiro, o goleiro Fábio era um dos destaques da partida pois estava do outro lado após 19 temporadas – enfrentou o clube com a camisa do Vasco em 2003. Apesar do forte sentimento pela equipe mineira, fez discurso forte na entrada dos cariocas mostrando que agora vive nova etapa no futebol e queria inflar os novos companheiros.

Os torcedores tricolores reconheceram a força de seu camisa 12 e aproveitaram para provocar os rivais com o famoso “é o melhor goleiro do Brasil.” Fábio agradeceu aos quatro cantos do estádio e sabia que tinha um motivo a mais para brilhar: Ronaldo, dono da SAF do Cruzeiro e responsável por sua saída, estava nas tribunas do Maracanã.

Repetindo a escalação pela primeira vez no Fluminense desde sua chegada, Fernando Diniz prometia um futebol ofensivo, enquanto o Cruzeiro tinha três zagueiros para se defender. Com menos de dois minutos, Bidu salvou os visitantes. Cano bateu e o lateral cortou quase em cima da linha. Os mandantes seguiam à risca a ordem de sufocar e marcar alto. O argentino balançou as redes aos 17 e fez enorme festa. O gol acabou anulado, porém, após consulta do VAR. Arias estava impedido na origem da jogada.

O precavido Cruzeiro apostava nos lançamentos longos. Em um deles, viu Fábio cortar de cabeça. As jogadas não terminavam em finalização do lado mineiro. Se o goleiro do Fluminense trabalhava pouco, Rafael Cabral era bombardeado. Parou Samuel Xavier e ficou na torcida em chute colocado de Caio Paulista.

O esquema defensivo do Cruzeiro levou um baque antes do intervalo com expulsão de Geovane Jesus após entrada dura em Nonato alertada pelo VAR. O lateral foi de sola na canela do volante e havia levado somente amarelo. Mas o árbitro mudou de opinião ao rever o lance.

Com um a menos, o castigo aos mineiros veio imediatamente. Ganso cruzou na cabeça de Manoel, que desviou para abrir o placar. Ir para o descanso em vantagem era tudo o que o Fluminense queria. Mas os seis minutos de acréscimos mudariam a história da etapa.

Primeiro, Fábio saiu com a bola fora da área e o árbitro nada deu para revolta mineira. Depois, o goleiro jogou para fora chute do meio campo de Zé Ivaldo. Restavam segundos para o apito final. A cobrança do escanteio, contudo, encontrou a cabeça de Oliveira e empate no placar.

Apesar de competições distintas, um fantasma rondou a cabeça do Fluminense após a igualdade. Dia desses visitou o América-MG pelo Brasileirão e ficou com um a mais desde os 11 minutos. Mesmo assim, não conseguiu ir além do empate. Teria 45 minutos para mudar a história contra o Cruzeiro.

A jogada invalidada do primeiro tempo pelo VAR se repetiu. Arias recebeu livre e cruzou para Cano cabecear para as redes, desta vez sem irregularidades. Festa e enorme pressão por vantagem maior. O artilheiro quase ampliou logo depois do gol. Os mineiros não conseguiam segurar a bola e eram sufocados. André carimbou o travessão.

Em seu último jogo no Maracanã antes de ir para o Bétis – a despedida oficial será domingo, em visita ao Botafogo -, Luiz Henrique quase marcou um golaço. Driblou como quis o zagueiro e bateu para mais uma defesa de Rafael Cabral.

Fernando Diniz queria vantagem maior ficou com seis atacantes em campo. Luiz Henrique, Arias, Cano, John Kennedy, Matheus Martins e Caio Paulista tentaram de todas as maneiras, mas não conseguiram superar a parede azul ao menos mais uma vez. A decisão para o Mineirão está aberta.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 2 x 1 CRUZEIRO

FLUMINENSE – Fábio; Samuel Xavier (John Kennedy), Nino, Manoel e Caio Paulista; Nonato (Matheus Martins), André, Árias e Ganso (Martinelli); Luiz Henrique e Cano (Pineida). Técnico: Fernando Diniz.

CRUZEIRO – Rafael Cabral, Zé Ivaldo (Pedrão), Eduardo Brock e Oliveira; Geovane Jesus, Willian Oliveira, Machado (Adriano), Fernando Canesin (Rafael Santos) e Matheus Bidu (Vitor Leque); Rodolfo (Rômulo) e Edu. Técnico: Paulo Pezzolano.

GOLS – Manoel, aos 45, e Oliveira, aos 51 minutos do primeiro tempo; Cano, aos 10 do segundo.

CARTÕES AMARELOS – André, Arias e Samuel Xavier (Fluminense) e Pedrão, Willian Oliveira, Zé Ivaldo e Edu (Cruzeiro).

CARTÃO VERMELHO – Geovane Jesus (Cruzeiro).

ÁRBITRO – André Luiz de Freitas Castro (GO).

RENDA – R$ 1.333.727,50.

PÚBLICO – 46.325 presentes.

Local – Maracanã, no Rio.

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