Atletas e paratletas de MS que disputaram Olimpíadas de Tóquio receberão bolsa de até R$ 7 mil para Paris-2024
Valores diferem de atletas que participaram e aqueles que foram medalhistas
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Atletas e paratletas de Mato Grosso do Sul que representaram o Brasil na Olimpíada de Tóquio-2020, disputadas neste ano por causa da pandemia de Covid-19, receberão do Governo do Estado bolsas de até R$ 7 mil por mês até os próximos jogos olímpicos, que serão realizados em Paris, em 2024. A novidade foi anunciada pelo governo do Estado nesta semana.
“Além de praticamente dobrar a Bolsa Atleta e a Bolsa Técnico existente hoje para formação de base em todas as modalidades, criamos uma bolsa específica para atletas de alto rendimento: o ‘MS Olímpico’. Até Paris 2024, teremos essa bolsa permanente ajudando e apoiando nossos atletas de alto rendimento”, explicou o governador Reinaldo Azambuja no lançamento do programa.
O Governo do Estado planeja investir cerca de R$ 720 mil no pagamento dos benefícios. Segundo a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), as bolsas serão de R$ 5 mil para atletas e paratletas participantes dos jogos; de R$ 7 mil para medalhistas e de R$ 3 mil para os técnicos.
“Esse valor nos dá total segurança, estabilidade e tranquilidade para continuar e melhorar o trabalho”, disse o paratleta Yeltsin Jacques, de 22 anos, dono de duas medalhas de ouro no Atletismo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, conquistadas nas provas de corrida de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, para deficientes visuais.
Segundo ele, o valor é suficiente para investir nos treinos, na alimentação adequada e também na compra de materiais esportivos necessários para a excelência nas atividades. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o pai do paratleta, José Roberto Jacques, chegou a criticar o apoio de R$ 900 que recebia do governo do Estado.
Outro beneficiário do novo programa de incentivo é o paratleta Fernando Rufino, de 36 anos, conhecido como Cowboy do Aço. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, ele venceu a prova de 200 metros de paracanoagem, classe VL2, de canoa havaiana para atletas com deficiência física, e garantiu uma medalha de ouro para o Brasil.
“Ser atleta de alto rendimento não é só ter músculo, mas sim ter a tranquilidade de uma vida pessoal e financeira tranquila. Então, esse apoio representa foco total. Com ele, vamos manter a busca pela alta performance. Esse é nosso objetivo a partir de agora”, defendeu o paracanoísta.
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