No dia da abertura, Jogos Pan-Americanos 2015 ainda “lutam” para cativar

Cidade se esforça para implantar clima de Jogos nos moradores

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Cidade se esforça para implantar clima de Jogos nos moradores

Quantas pessoas estão com a delegação brasileira? Umas 700. Nossa. Mais brasileiros deveriam vir pra cá. Temos poucos. Nosso país é enorme com duas saídas para o oceano. Brasileiros, mexicanos, chineses. Venham todos”, disse o hiperativo motorista de um dos ônibus que faz o transporte de jornalistas em Toronto durante os Jogos Pan-Americanos de 2015. “É um dia lindo. Hoje temos a cerimônia de abertura. Será lindo. Já foi no Rogers Centre [local da cerimônia]? É lindo. Cinquenta mil pessoas. A sua cúpula é linda. Você vai amar”, continuou ele, tentando aprender um pouco de todas as línguas dos diversos profissionais de comunicação durante o trajeto.

A empolgação do motorista, que se indentificou apenas como “Zapata” – “mas não sei nada de espanhol” -, é bem acima da média do cidadão comum de Toronto. Seu esfoço pode ser comparado apenas com a enorme quantidade de banners com logomarcas dos Jogos pendurados pelas principais ruas e a simpatia de praticamente todos os voluntários.

Para os moradores de Toronto, há sinal de que a popularidade do Pan-Americano tem crescido na base do boca a boca pela divulgação na TV, mas ainda de forma tímida. Martina Tremblay, que mora na região de Lakeshore, passeava com seus três cães na região do principal centro de mídia do Pan. “Essa semana os jornais começaram a falar mais. Meu filho acho que tem ingresso para algum evento, mas eu não sei de muita coisa. Talvez eu vá em alguma prova”, afirmou.

No metrô, duas jovens garotas conversam enquanto observam duas fileiras de voluntários identificados com crachás e camisas laranjas. “São do Pan Am. Eu queria ver alguma coisa, mas estou sem dinheiro”. A luta dos Jogos também se seguiu nesse âmbito, inclusive com um esforço para tentar vender os ingressos encalhados com promoções .

Com a abertura marcada para esta sexta-feira, o Pan-Americano deve dar mais uma cartada para convencer o canadense de que sua cidade deve respirar e vivenciar os esportes olímpicos.

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