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Após uma gestão cheia de fatos lamentáveis, José Marin deixa CBF

O presidente encerra sua gestão nesta quinta-feira
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O presidente encerra sua gestão nesta quinta-feira

Em março de 2012, José Maria Marin assumiu a CBF e acabou com o mandato quase eterno de Ricardo Teixeira. Três anos depois, muita coisa mudou, mas para pior. A Seleção Brasileira passou pelo maior vexame da sua história recente. Os clubes brasileiros enfrentaram problemas como há muito não se via. E ainda aconteceram outros fatos bizarros e folclórios nos bastidores da gestão de Marin, que vai se encerrar nesta quinta-feira.

É claro que nem tudo foi ruim. Em 2012, a Seleção Brasileira fez uma boa campanha na Olimpíada e ficou com a medalha de prata. Apesar da frustração na final, é um resultado elogiável. E a maior glória aconteceu um ano depois, com o título da Copa das Confederações.

Mas se for feito um placar de vantagens contra benefícios, a goleada é enorme. Bem parecido com o 7 a 1. Confira:

 

Uma medalha a mais

Nem todos conheciam Marin antes dele assumir a CBF, apesar de ele ter sido governador de durante o período da ditadura militar, sucedendo Paulo Maluf em 1982. Mas não precisava se apresentar tão mal: dois meses antes de virar presidente, durante a premiação do Corinthians na Copa São Paulo de 2012, ele colocou uma medalha no bolso e deixou o goleiro campeão Matheus Vidotto sem o objeto. Disse que tinha recebido como cortesia da Federação Paulista de Futebol, mas a primeira impressão é a que fica. E ela foi péssima nesse caso.

 

Dois técnicos a menos

No mesmo ano em que assumiu a Seleção Brasileira, Marin já demitiu o técnico Mano Menezes. O curioso (ou bizarro mesmo) é que ele “dançou” após ser campeão do Superclássico das Américas.

O outro técnico demitido por Marin foi Felipão, mas nesse caso era inevitável. Foi a Alemanha que demitiu. O problema é que, poucos meses depois, Marin criticou o gaúcho, dizendo que ele foi culpado pelo 7 a 1, pois devia ter poupado Neymar no fim do jogo anterior, contra a Colômbia – o camisa 10 acabou levando uma joelhada nas costas de Zúñiga e fraturando uma vértebra, desfalcando o nas duas partidas finais.

 

7 a 1 foi pouco

A vexatória derrota do Brasil, na semifinal da Copa do Mundo , não foi apenas uma vitória dos alemães. Foi o símbolo de como o futebol brasileiro está atrasado. O País está sete vezes atrás de tudo que tem sido feito de moderno no esporte. O placar apenas refletiu isso e manchou de vez a gestão de Marin na CBF.

 

Senta lá, Marin

Assim que assumiu a CBF, Marin também assumiu o comando do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. E foi nesse momento que a competição já começou mal para o Brasil. Marin foi deixado de lado nas decisões e ignorado pela Fifa. A Copa foi um sucesso e mostrou como foi correto manter Marin afastado.

 

Santificado seja o nome dele

Não basta gastar R$ 70 milhões para construir uma sede. A CBF ainda resolveu batizá-la com o nome de José Maria Marin. A obra no Rio de Janeiro é um dos maiores orgulhos do presidente em sua gestão. Além disso, a CBF ainda colocou R$ 15 milhões para reformar a Granja Comary antes da Copa do Mundo.

 

Clubes em frangalhos

Enquanto a CBF gastava milhões com suas obras, os clubes brasileiros se afundaram com milhões em suas dívidas. Durante os últimos anos, ficou ainda mais evidente como está ruim a situação financeira dos times. A maioria dos grandes sofreu com atraso de salários e recebeu pouco apoio, ajuda ou estímulo da CBF. O apoio para os times menores, que precisam mais ainda, é inexistente.

 

Faltou bom senso

Diante de tantos problemas do futebol brasileiro, até os jogadores resolveram se organizar para buscar mudanças. Em 2013, foi criado o Bom Senso F.C., que organizou uma série de protestos durante o Campeonato Brasileiro. Com razão ou não, eles mostraram que a CBF não tem bom senso, pois sequer se reuniu ou ouviu as propostas daqueles que são a mão de obra do futebol.

 

Ignorado “dilmais”

Desde que virou presidente da CBF, José Maria Marin nunca teve qualquer relação próxima com a presidente Dilma Rousseff. Em nenhum momento os dois sequer conversaram para fazer qualquer mudança no futebol brasileiro. Eles só se viram em eventos oficiais, inclusive com desastre, como na abertura da Copa das Confederações, em que Dilma foi muito vaiada.E o futuro?

Marin não deixa uma herança proveitosa para o futuro. As categorias de base da Seleção Brasileira foram muito mal tratadas nos últimos anos. O projeto começou com Ney Franco, que estava bem, mas saiu para o São Paulo. Então veio Gallo, que recebeu muita moral, mas decepcionou e agora está ameaçado como técnico da Seleção olímpica.

É claro que os resultados de tudo isso foram péssimos: em 2013, a Seleção Sub-20 nem se classificou para o Mundial. Dois anos depois, o time conquistou a vaga, mas jogando mal e ficando em quarto lugar. Além disso, não há sinais de que a Seleção olímpica chegue com muita força para a disputa em Rio 2016.

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