Uma reunião entre a Fetems (Federação dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul), a secretaria estadual de educação, Nilene Badeca e o governador André Puccinelli (PMDB) na manhã desta sexta-feira (5), ficou acertado que o concurso para os administrativos será realizado até o mês de setembro desse ano.

Segundo o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, a federação é radicalmente contra a terceirização. Isso porque a empresa Guatós venceu no último dia 21 de junho, uma licitação para fornecer 100 merendeiras e agentes de limpeza para escolas estaduais.

Conforme Botarelli, o governador alegou que a licitação com a Guatós tem caráter emergencial e garantiu que o edital para os servidores administrativos sai no final de agosto ou começo de setembro.

“Nós somos contra a terceirização e queremos concurso público inclusive para merendeiras e agentes de limpeza. A terceirização, em alguns casos, é responsável pela exploração da mão-de-obra. Nesse caso a professora Nilene (Secretária) explicou que não tinham merendeiras nessas escolas e como não é possível contratar teve que ser feita a licitação em caráter emergencial”, afirmou.

O presidente da federação explicou que a partir da semana que vem começam as conversas para decidir o edital do concurso público. Puccinelli garantiu o concurso, mas segundo Botarelli, ainda não confirmou quantas vagas devem ser autorizadas.

Botarelli ponderou que os servidores que forem aprovados no concurso devem estar tomando posse em janeiro/fevereiro.

Emergencial

A Guatós venceu no ultimo dia 21 de junho uma licitação no valor de R$ 2,8 milhões para fornecer 100 funcionários entre agentes de limpeza e merendeiras para as escolas estaduais.

Pelos cálculos do presidente da Sintede (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), Wilds Ovando Pereira, seria muito mais vantajoso para os cofres públicos realizar o concurso porque um servidor que recebe salário inicial de R$ 847,50, com 22% de previdência e 3,5% de plano de saúde sai para o Governo por R$ 1.063,00 cada. Pelo contrato com a Guatós o valor salta para R$ 2,4 mil cada um deles. “Com esse valor dava pra contratar o dobro de funcionários concursados como prevê a Constituição, destacou Wilds.”