O General falou ainda sobre trechos em pontos críticos e sem manutenção e da fiscalização que vai se tornar mais transparente

Durante a entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (17), na sede da superintendência estadual do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) o diretor geral, General Jorge Fraxe, falou sobre os investimentos do Crema no Estado. Na ocasião ele prometeu respostas para obras em trechos em Terenos (CGR), Dourados-Campo Grande (Delta) e Miranda-Corumbá (Aro). Para as demais obras, Fraxe informou que até o fim do ano será realizado concurso público para aumentar a fiscalização.

Fraxe falou sobre os investimentos de R$ 555 milhões anunciados para os 3.160 km de rodovias federais pavimentadas no Estado vindo do PAC 2 (Programa de Aceleração de Crescimento) e também do R$ 1,5 bilhão para o Crema 2. As restaurações e manutenções passarão pelas rodovias BR-163, BR-262, BR-267, BR-158 e BR-060, BR-419, BR-158. De acordo com o general, assim que forem ajustados os projetos de engenharia com os novos locais de pedreira serão liberados todos os editais.

“Estamos com um projeto arrojado de Crema 2 e as recuperações. Estão faltando ajustes em praticamente todas as rodovias, para os novos locais de pedreira que vão reduzir os custos. Isso será feito em curtíssimo prazo e o assim que estiver pronto vai ser divulgado o custo total. São vários editais, sendo seis em análise e outros seis na rua. Só de Crema são 1.400 km de manutenção. Enquanto tiver buracos nas rodovias precisamos melhorar nossa missão”, declarou.

Segundo ele, o Crema 1 é uma manutenção, recapeamento da pista; já o 2 além de fazer esse serviço, faz ainda uma terceira faixa, melhora o acostamento, melhora uma rampa, um traçado de curva, ou seja, é uma manutenção um pouco mais sofisticada, abrangente, que dá uma sobrevida de dois ou três anos no crema 1 e cinco anos no crema 2 na rodovia.

Sobre restauração, o diretor do Dnit disse que apenas um pequeno pedaço de 22km passará pelo serviço. “Quando se fala em restauração é que a estrada chegou num ponto tal de degradação que o Crema não atende mais. A restauração e como se fosse uma reconstrução da estrada. No Estado o pequeno trecho que vai passar por isso são 22km na BR-262, no Pantanal”, afirmou. O local era de responsabilidade da Construtora Aro, que venceu licitação de R$ 99 milhões, mas abandonou a obra.

Fraxe afirma que obra que seria feita pela Delta terá solução em 15 dias

Questionado sobre o trecho na BR-163 que fica entre Dourados-Campo Grande, licitação que foi homologada pelo órgão e que tinha a Delta como primeira colocada, Fraxe informou que no máximo em 15 dias haverá solução para o impasse. “A questão da Delta é ímpar. Ela está impedida de contratar com o poder público, mas aquele trecho está aguardando um parecer jurídico final, que sai em no máximo em 15 dias. A segunda colocada concordando, assinaremos o contrato”, afirmou.

Durante a entrevista houve questionamento também acerca do ponto crítico na BR-262, próximo à rotatória de Terenos – distante a 27 km de Campo Grande. Ele se comprometeu a dar uma resposta em oito dias. O local é palco de vários acidentes de trânsito e o contrato foi assinado pela CGR, depois da empresa ter entrado em recuperação judicial, o que é proibido.

Para os demais trechos, o general anunciou a abertura de 1200 vagas para um concurso público. “Será uma injeção de recursos humanos para responder a demanda e principalmente fiscalizar as estradas”, destacou. Ao encerrar a entrevista ele anunciou o lançamento, em um mês e meio, do BEM (Boletim Eletrônico de Licitação), que vai possibilitar acesso aos boletins dos engenheiros para saber o que já foi medido, o que falta medir, quanto e o que está sendo pago em cada lote.