No primeiro pregão do ano, dólar cai e chega a R$ 6,16

Situação fiscal brasileira e incertezas do mercado internacional influenciam valor da moeda

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Imagem: Reprodução/ Agência Brasil

Depois de abrir o primeiro pregão do ano em alta, nesta quinta-feira (02) o dólar perdeu força e fechou em baixa frente ao real, porém perto da estabilidade. O dólar à vista caiu 0,29%, marcando R$ 6,1625, perto da mínima intradia (R$ 6,1517) e afastado da máxima da sessão (R$ 6,2267).

O contrato futuro do dólar para fevereiro recuava 0,31%, a R$ 6,1855, mas durante o pregão oscilou entre R$ 6,1785 e R$ 6,2605. O volume de negócios foi de aproximadamente US$ 12,4 bilhões, abaixo da média de dezembro, de US$ 17 bilhões.

Conforme análise do Estadão e Uol, ainda há receios dos empresários com a situação fiscal brasileira e o ambiente externo desfavorável à moeda do nosso país. A ausência de notícias relevantes o suficiente para reforçar ou amenizar estas preocupações e o volume reduzido de negócios inibiram apostas mais firmes dos investidores e abriram espaço para uma pequena correção.

Na manhã de hoje (02), a moeda américa chegou a subir ante o real, reagindo a dados que aumentaram a preocupação em torno do crescimento econômico da China. “A desaceleração econômica do Brasil, porém, já havia sido incorporada ao cenário do mercado, assim como outros fatores capazes de prejudicar o superávit comercial brasileiro – como a possibilidade de políticas comerciais protecionistas nos Estados Unidos -, o que diminuiu o peso destes dados no decorrer do pregão”, disse Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital.

Como outros analistas, ele acredita que a questão fiscal e as dúvidas a respeito de como se dará o processo de ajuste nas contas públicas terão mais peso sobre a direção do câmbio no curto prazo, principalmente por causa do cerco do Judiciário e do Executivo às emendas parlamentares e aos efeitos disso sobre a receptividade do Congresso a propostas de austeridade nos gastos.

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