O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou nesta segunda-feira (7) a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que coloca a cesta básica em Campo Grande como a terceira mais cara do Brasil nos últimos 12 meses.
Comparando fevereiro a março deste ano, a alta é de 1,89%, sendo 8,02% nos últimos 12 meses. A capital fica atrás de Fortaleza (9,69%) e São Paulo (8,30%).
Entre os alimentos encarecidos em Campo Grande, o arroz-agulhinha (2,21%) e óleo de soja (1,16%) pesaram no bolso do consumidor no acumulado mensal. No balanço anual, a alta é de 41,82%. Contudo, houve queda em 13 capitais pela perspectiva de uma safra positiva, apesar da forte demanda pelo produto bruto, tanto para o setor alimentício quanto para a indústria de biocombustíveis.
Retração
Por outro lado, outros produtos tiveram retração no preço em março, como a farinha de trigo (-0,45%), pão francês (-0,41%), manteiga (-0,53%), feijão-carioca (-1,19%) e batata (-6,77%).
A farinha e o pão completam dois meses de queda de preços no trimestre, sendo os preços médios no período de R$ 4,38 e R$ 16,91 o quilo, respectivamente. As importações do cereal realizadas nos meses anteriores permitiram o abastecimento do mercado e a baixa de preços.
Já o litro do leite apresentou estabilidade. Nos últimos 12 meses a bebida teve alta de 10,86%.
Café 89,40% mais caro
Os preços de carne bovina (-0,72%) e óleo de soja (1,16%) apresentaram comportamento oposto ao registrado em fevereiro para cada alimento. Em 12 meses, porém, a proteína (24,94%) e o derivado da oleaginosa (41,82%) acumulam altas expressivas.
Os preços do açúcar cristal (-2,66%) voltaram a cair, em oposição aos preços do café em pó (6,79%) — que completou um trimestre consecutivo de altas. Em 12 meses tem sido complicado adoçar o cafezinho, pois o adoçante acumula alta de 4,69%, e o café em pó alta de 89,40%.

Peso no bolso do consumidor
A pesquisa revela que o valor da cesta básica em Campo Grande é de R$ 788,58, sendo de R$ 2.365,74 para uma família de quatro pessoas. Portanto, o valor compromete cerca de 56,16% do salário mínimo.
Além disso, a pesquisa aponta que a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica foi de 114 horas e 17 minutos — aumento em 2 horas e 07 minutos na jornada em comparação ao mês de fevereiro. Na comparação com março de 2024, cuja jornada registrou 113 horas e 44 minutos, ao aumento foi de 33 minutos.
Para adquirir uma cesta básica no terceiro mês de 2025, o trabalhador comprometeu 56,16% do salário mínimo líquido, resultado obtido após o desconto de 7,5% no valor bruto, que é destinado à Previdência Social. Comparando com o empenho de 55,12% registrado no mês anterior, constatou-se variação positiva em 1,04 p.p.
Se for realizada comparação com o mês de março de 2024, quando o salário mínimo líquido registrou o valor de R$ 1.306,10, e o comprometimento da cesta alcançou 55,89%, observa-se aumento em 0,27 p.p. ao percentual deste ano.
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