A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta quinta-feira (18) a atualização do 4º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2023/24. O levantamento indica que a produção de açúcar em alcançou 2.209,5 mil toneladas, o que corresponde a uma variação de 47,3% em relação a /23, quando foram produzidas 1.500,301 mil toneladas.

Quanto à produção de etanol, a safra atual corresponde a 2.875.736,6 litros, enquanto na safra anterior foi de 2.632.351,5 litros. O aumento é de 9,2%. No caso do etanol hidratado, o volume saltou de 1.674.455,7 para 2.027.989,0 litros, representando uma variação de 21,1%. No etanol anidro, a variação é de 11,5%, caindo de 957.895,8 para 847.747,4 litros.

A estimativa de produção de ATR (Açúcares Redutores Totais) é de 133,6 kg/t, um aumento de 1,8% em relação à safra anterior, que foi de 131,3 kg/t.

No cenário nacional, a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 atinge 713,2 milhões de toneladas, a maior da série histórica. O volume representa um aumento de 16,8% em comparação ao ciclo passado. A área colhida também registrou um leve crescimento de 0,5%, estimada em 8,33 milhões de hectares, enquanto o rendimento médio teve um incremento de 16,2%, passando de 73.655 para 85.580 kg/ha.

Conforme a Conab, com a produção recorde para o açúcar, as vendas do adoçante para o mercado internacional também atingiram os maiores níveis já registrados. No ano comercial da safra 2023/2024, foram embarcadas pouco mais de 35 milhões de toneladas do produto, uma alta de 26,8% no volume comercializado em comparação com o mesmo período do ciclo anterior, gerando um faturamento de US$ 18,27 milhões, segundo dados divulgados pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Além da boa produção no país, importantes produtores como Índia e Paquistão tiveram menores embarques, o que beneficiou os produtores brasileiros.

Já o mercado para o etanol se apresentou mais desafiador. As exportações registraram uma redução de 2,92%, atingindo 2,57 bilhões de litros. A queda foi influenciada tanto pelo comportamento do câmbio quanto pelo preço do petróleo, que nos últimos meses de 2023 passou a apresentar trajetória descendente, afetando os preços da e consequentemente do seu principal concorrente, o etanol.

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