Receita bruta do setor de serviços chega a R$ 28,2 bilhões em Mato Grosso do Sul, segundo IBGE

Setor ainda registrou 22.496 empresas em Mato Grosso do Sul em 2022, crescimento de quase 50% em 10 anos

Liana Feitosa – 28/08/2024 – 14:53

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Setor de transportes foi o que registrou maior receita entre os setores de serviços. (Foto: Banco de imagens Freepik).

A quantidade de empresas do setor de serviços cresceu cerca de 50% nos últimos 10 anos em Mato Grosso do Sul. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e faz parte da PAS (Pesquisa Anual de Serviços), referente ao ano de 2022.

O levantamento retrata as características estruturais de empresas do segmento de prestação de serviços, com exceção de bancos e operadoras financeiras. 

Atualmente, as atividades de serviços respondem pela maior parte do PIB (Produto Interno Bruto) do país, e alcançaram receita bruta de R$ 33,3 bilhões em Mato Grosso do Sul no ano de 2022.

No ano anterior, a receita bruta foi de R$ 28,2 bilhões em MS, o que representa aumento de 17,9%. Já em dez anos, o aumento foi de 135,4%, já que em 2013 a receita bruta alcançada pelo setor foi de R$ 14,1 bilhões.

Mato Grosso do Sul registrou a 15ª maior contribuição para o número nacional, com 1,1%. A menor contribuição veio do Amapá, com R$ 2,2 bilhões de receita bruta. 

São Paulo ainda é o estado com maior receita do país (R$ 1,3 trilhões), sendo responsável por 45,3% do montante nacional (R$ 2,9 trilhões). 

Crescimento no número de empresas

Em 2022, o setor de serviços alcançou 22.496 empresas em Mato Grosso do Sul. Já em 2013, eram 15.054 empresas nesse segmento, o que representa crescimento de 49,4% em 10 anos.

Na comparação do último levantamento, de 2022, com o anterior, de 2021, o crescimento foi de 13,5%, saindo de 19.822 empresas para 22.496. 

Atividades mais desempenhadas

A atividade com o maior número de empresas foi a de Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 7.690 negócios em MS em 2022. 

Esse setor foi responsável por 34,2% do montante total, seguido pelos Serviços prestados às famílias, com 5.417 empresas, ou 24,1% do total.

Em terceiro lugar o setor de transportes, com Serviços auxiliares aos transportes e correio, com 3.349 empresas, representando 14,9% do total.

Apesar de estar em terceiro lugar, essa atividade é a que alcançou a maior participação em receitas, com R$ 14,4 bilhões, sendo responsável por 43,4% das receitas.

Dentro deste, o setor de Transporte rodoviário ganha destaque, com R$ 9,9 bilhões de receita.

Setores que mais empregam

O setor de serviços empregava 164.470 pessoas no Estado em 2022. Em 2021, eram 153.296 trabalhadores, o que representa crescimento de 7,3% de um ano para o outro. 

Dez anos antes, em 2013, esse número era de 121.746, configurando um aumento de 35,1% na década.

Os setores de serviços que mais empregam em Mato Grosso do Sul acompanham as tendências das atividades com o maior número de empresas.

A área que concentrava a maior parcela do pessoal ocupado em 2022, com 37,4%, foi a de Serviços profissionais, administrativos e complementares.

Já os Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, representaram 21,6% do pessoal ocupado, ficaram em segundo lugar e, em terceiro, os serviços prestados às famílias, com 19,8%.

Subgrupos que se destacam

Entre os subgrupos, ganha destaque o Transporte rodoviário, que está inserido no setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, e apresentou o maior número de pessoas ocupadas, com 77,6%. 

Também ganha destaque o subgrupo de Serviços de alojamento e alimentação, que faz parte do setor de Serviços Prestados às Famílias, tendo sido responsável por 70,8% do pessoal ocupado no setor de Serviços Prestados às Famílias.

Gastos com salários

Em Mato Grosso do Sul, os gastos com Salários, retiradas e outras remunerações aumentaram 132,1% nos últimos dez anos, passando de R$ 1,8 bilhão em 2013, para R$ 4,2 bilhões em 2022. 

Apesar desse aumento, o salário médio caiu no mesmo período, segundo o IBGE.

Na comparação com 2021, que registrou R$ 3,5 bilhões de gastos com salários, houve aumento de 10,3%.

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